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O ex-deputado Pedro Corrêa, que foi líder do PP e fechou acordo de delação com o Supremo Tribunal Federal (STF), prestou depoimento sobre as relações entre partidos políticos e as diretorias da Petrobras, principalmente as diretorias de abastecimento e a diretoria da área internacional. Os s vídeos da delação de Corrêa, foram divulgados no site da Câmara dos Deputados.
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O ex-deputado foi condenado a 20 anos e sete meses de prisão. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar em Pernambuco. Em depoimento, ele também fala sobre o poder do ex-deputado Eduardo Cunha em arrecadar dinheiro sujo e negociar o esquema de corrupção da Petrobras. Segundo Corrêa, Cunha é uma “máquina de arrecadar dinheiro”.
Como destaca o G1, em um dos trechos da delação, Pedro Corrêa narra dois encontros feitos na casa do senador Renan Calheiros antes das eleições de 2006. Segundo o delator, o objetivo da primeira reunião era fechar o apoio do PMDB à manutenção de Paulo Roberto Costa na diretoria de abastecimento. Costa estaria sendo ameaçado em seu cargo e, por isso, buscou o apoio de parlamentares do PMDB e do PP.
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Na segunda reunião, o delator disse que estavam presentes importantes integrantes do PMDB, Costa e Nestor Cerveró. Na ocasião, eles negociaram um apoio da Petrobras de US$ 6 milhões ao partido em troca do apoio dos políticos para se manterem nos cargos que ocupavam na estatal.
Corrêa também falou sobre o poder de arrecadação de dinheiro do ex-deputado Eduardo Cunha. Segundo ele, Cunha foi o responsável por emplacar Nestor Cerveró na diretoria da área internacional da Petrobras. Em troca, ele teria pedido um pagamento mensal de US$ 700 mil para o diretor.
A delação de Pedro Corrêa foi a primeira entre os políticos. Em agosto, o acordo foi homologado pelo ministro Edson Fachin, que validou as informações que prestados pelo ex-deputado do PP.