Aliado de Janot falou que Temer cairia, diz procurador

O procurador admite ter mandado um áudio de uma reunião fechada do Ministério Público, mas nega ter recebido propina

© Ueslei Marcelino / Reuters

Política JBS 18/10/17 POR Folhapress

O procurador da República Ângelo Goulart Villela afirmou que ouviu de Eduardo Pelella, chefe de gabinete de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, em abril, que o presidente Michel Temer poderia cair. Villela foi ouvido pela CPI da JBS.

PUB

No dia desse encontro, o empresário Joesley Batista, da JBS, já havia feito a gravação escondida com Temer, e a Procuradoria já tinha conhecimento do conteúdo do áudio. Vilella disse que a conversa aconteceu em um jantar em sua casa no fim do mês de abril. A delação dos executivos se tornou pública no dia 17 de maio.

+ Lula pode concorrer em 2018 mesmo se condenado, diz parecer

"Eduardo Pelella falou claramente isso na minha casa, em abril, que até a indicação do novo procurador-geral poderia haver um novo presidente. Mas ele não teceu mais nenhum comentário", disse o procurador em rápida entrevista na tarde desta terça (17) após deixar a sessão da CPMI da JBS.

Villela repetiu declarações que deu à Folha de S.Paulo em setembro. Para ele, todo o processo de colaboração premiada foi uma trama do ex-procurador-geral com o objetivo de derrubar Temer e impedir a nomeação de Raquel Dodge no comando da PGR.

Nesta terça, complementou dizendo que o ex-procurador-geral "agiu com o fígado em relação a mim" por ter se sentido traído ao achar que havia "bandeado" para o lado de Dodge.

A gravação de Temer desencadeou a maior crise política do governo e Janot apresentou duas denúncias contra o presidente por causa da colaboração da JBS.

Villela foi alvo da Operação Patmos, decorrente da delação de Joesley, e ficou preso por 76 dias sem ser ouvido. Foi libertado após conseguir um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele foi denunciado sob suspeita de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução de Justiça. O procurador foi gravado pelo advogado e delator da JBS, Francisco Assis e Silva, em um jantar, no início de maio, na casa do advogado Willer Tomaz, também denunciado pelas mesmas acusações atribuídas a Villela.

Em delação, Joesley Batista afirmou que Villela teria recebido R$ 50 mil por mês para vazar informações, com o advogado como intermediário. Depois, afirmou não saber se o dinheiro chegava ao procurador.

O procurador admite ter mandado um áudio de uma reunião fechada do Ministério Público, mas nega ter recebido propina e diz que tudo que fez foi para ter sucesso na negociação de uma delação com a JBS. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 13 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 5 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 14 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 13 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 11 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

esporte Indefinição Há 13 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

brasil São Paulo Há 14 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

economia LEILÃO-RECEITA Há 11 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

fama Documentário Há 5 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama LUAN-SANTANA Há 14 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento