© Ueslei Marcelino/Reuters
Durante o encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, atribuiu a retomada do crescimento da economia brasileira ao processo de queda da inflação e dos juros no último ano.
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Para o presidente da instituição, esse cenário positivo da economia brasileira veio como resultado da política econômica aplicada pelo Governo do Brasil e a firmeza das ações do Banco Central, cuja função principal é zelar pela estabilidade econômica e controle da inflação.
Na avaliação dele, as reformas econômicas e as correções de rumo na economia desempenharam papel importante nesse processo de retomada e, em especial, de queda da taxa básica de juros, hoje estabelecida em 8,25% ao ano.
“A aprovação e a implementação de diversas reformas e ajustes na economia brasileira no último ano – tais como a reforma trabalhista, a reforma educacional, o estabelecimento de um teto para gastos públicos, mudanças no setor de óleo e gás [...] contribuíram para a redução da taxa de juros estrutural”, disse ele.
Diante da retomada do consumo, que impulsionou o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, Ilan também destacou que há uma previsão de retomada dos investimentos, o que também deve contribuir nesse processo de retomada.
“Não obstante a recomposição do poder de compra e a recuperação do consumo, a retomada dos investimentos é o próximo passo esperado para gerarmos crescimento sustentável no médio e no longo prazo”, destacou Ilan.
Processo positivo
De um patamar de 9,28% em 2016, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora está em 2,54% nos últimos 12 meses encerrados em setembro. Para este ano, a estimativa dos analistas é de que a inflação encerre o ano em 3%, dentro da margem de tolerância da inflação – máximo de 6% e mínimo de 3%.
A principal função do Banco Central é zelar pela estabilidade financeira do País e controlar a inflação. Para isso, ele segue uma meta de inflação, que é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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É tão importante manter a inflação sob controle que, quando essa meta não é atingida, o presidente do Banco Central tem de enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando os motivos que deixaram os preços fora dos parâmetros do CMN.
Diante do rápido processo de desinflação visto no último ano, a meta foi alterada. A meta inflacionária passa a ser de 4,25%, em 2019, e de 4%, em 2020.
Taxa Selic
Principal instrumento de combate à inflação, a taxa básica de juros, a Selic, vem acompanhando esse processo de queda nos preços: recuou de 14,25% ao ano, em junho do ano passado, para os atuais 8,25% ao ano – o menor nível em quatro anos.
Como a Selic é utilizada pelo Banco Central para encarecer ou baratear o acesso ao crédito, essa redução leva a um aquecimento do consumo e a um aumento da atividade econômica. Isso porque a queda da taxa básica viabiliza mais investimentos do setor produtivo.
Para os economistas, a taxa básica deverá chegar ao patamar de 7% ao ano no final de 2017, repetindo o mesmo desempenho ao final do próximo ano. Caso isso se confirme, o Brasil conviverá com os juros mais baixos da história. Com informações do Portal Brasil.