© Adriano Machado / Reuters
Depois de o Planalto divulgar, na tarde de ontem (18), um encontro entre os presidentes da República, Michel Temer, e da Câmara, Rodrigo Maia, foi registrado um novo capítulo da "novela" envolvendo os dois.
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Maia não gostou do comunicado e rebateu a versão do governo, de que foi ao encontro de Temer para tratar sobre o rito de votação da segunda denúncia contra o peemedebista.
No texto divulgado à imprensa, o presidente da Câmara afirmou que "atendeu a convite do presidente da República, que o chamou ao Palácio para esclarecer episódios recentes que deram margem a incompreensões".
Ele ainda disse mais: "Esta nota de esclarecimento se faz necessária porque o autor da falsa versão disseminada pelo Palácio do Planalto precisa repor a verdade dos fatos", afirmou, acrescentando que não vê "sentido algum" no fato de um presidente do Legislativo tratar do rito da votação da denúncia contra o presidente da República, "muito menos quando é um deles que está sendo processado e julgado junto com seus ministros".
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A nota, de acordo com o blog do Gerson Camarotti, no portal G1, desagradou Michel Temer, que demonstrou surpresa e contrariedade diante do fato. Apesar disso, preferiu continuar com a política de não polemizar, a fim de evitar maiores atritos.
A relação entre os presidentes da Câmara e da República ficou estremecida desde que líderes do PMDB "entraram em campo" para convencer dissidentes do PSB a se filiarem à legenda.
O DEM procura ampliar sua base na Câmara e já estava sondando os políticos, mas perdeu a "batalha" para o governo, que atraiu os parlamentares alinhados com as reformas pretendidas pelo Planalto.
Para piorar, na semana passada, vídeos da delação de Lúcio Funaro, em que o doleiro cita o presidente da República como um dos envolvidos em esquema de propina, foram disponibilizados no site da Câmara. O advogado de Temer não gostou e atacou Maia, que exigiu retratação.