© Reprodução vídeo/Uol
Preso há 21 anos, 11 dos quais em presídios federais e atualmente encarcerado em Mossoró (RN), Marcinho VP acredita que o tráfico de drogas jamais acabará por ser uma fonte de financiamento de políticos. Considerado um dos chefes do Comando Vermelho, o que nega, ele concedeu entrevista ao Uol de dentro do presídio potiguar.
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"O tráfico de drogas financia campanhas políticas no Brasil, senhor. Financia o governo do estado, deputados, senadores. Para eles não é importante isso (legalização). Os grandes barões das drogas, a maioria, vivem acima de qualquer suspeita. Encastelado em seus palacetes financiam campanhas políticas. E não interessa para eles acabar com essa fonte de renda", apontou.
Marcinho também fez duras críticas ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, a quem diz ter ajudado a se eleger.
"A equipe dele me procurou na época (1996), no Alemão, para pedir ajuda na campanha dele. Um showmício, dia de domingo, show do grupo Molejo. Levei para o meu camarote, sentou na minha mesa. Comeu, bebeu, me abraçou, conversamos quase uma hora. (...) A minha parte eu fiz, os votos que prometi dei a ele. Dei mais de 50 mil votos a ele", detalha.
"A maior organização criminosa do Rio de Janeiro estava instalada dentro do Palácio Guanabara e Sérgio Cabral Filho era cacique-mor dessa organização que levou o Rio à falência. Foi a maior decepção que tive na minha vida. Foi o maior charlatão que tive o desprazer de conhecer na minha vida", prossegue.