© Reuters / Adriano Machado
Aliaddos e interlocutores próximos do presidente Michel Temer admitem que foi um erro a estratégia deflagrada nas últimas semanas que aprofundou o racha no PSDB. O objetivo era aumentar o número de apoiadores tucanos na bancada da Câmara para ampliar os votos favoráveis ao presidente Temer na análise da segunda denúncia.
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O Palácio do Planalto ordenou fortalecer a posição do senador Aécio Neves dentro do partido, pois a expectativa inicial era de que Aécio conseguiria mudar votos e reverter a tendência de racha da bancada verificada na votação da primeira denúncia.
No entanto, segunda o blog do Camarotti, do G1, a ação do governo teve um efeito contrário e acabou aprofundado o racha na bancada.
A publicação destaca que o Planalto intensificou a relação com Aécio, liderando a operação para salvar o o tucano em plenário e reverter a decisão da primeira turma do STF de afastá-lo do mandato. Essa estratégia fez com que Temer comprasse guerra com parte expressiva da bancada ao pedir para o deputado tucano Bonifácio de Andrada assumir a relatoria. Em entrevista ao blog, um membro da articulação política de Temer reconheceu que "o tiro saiu pela culatra. Foi tanta confusão que Temer corre risco de ter uma votação menor na bancada do PSDB".
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