© Reprodução/ TV Anhanguera
O pai do aluno de 14 anos que atirou contra colegas dentro de uma escola de Goiânia está prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (23). De acordo com o G1, o policial militar esteve na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) durante 1h30 e não quis gravar entrevistas. O adolescente segue apreendido.
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Na sexta-feira (20), o adolescente cometeu o crime em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia.
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O delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, disse que o autor dos disparos sofria bullying de um colega e teria se inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e o de Realengo, no Rio de Janeiro, para cometer o crime. O jovem é filho de policiais militares e usou uma pistola .40 da mãe.
O pai do aluno estava acompanhado da advogada. "Ele [pai] estava sereno, tranquilo, mas muito abalado com o que aconteceu. Ninguém sabia que ele sofria bullying, foi uma surpresa para todos", disse o escrivão Marcos Paulo Passos, responsável por colher o depoimento.
Ainda de acordo com o G1, durante o depoimento, o pai disse que nunca recebeu reclamações do filho sobre comentários ou atitudes ofensivas. Sobre a arma, o policial militar explicou ela estava descarregada e em cima do guarda roupas. Já a munição ficava trancada em uma gaveta em outro quarto. O pai disse que não sabe como o filho conseguiu a chave para ter acesso às balas.
A Polícia Civil apreendeu o tablet do adolescente, que vai ser periciado para saber se o estudante realizou pesquisas sobre arma ou como planejou o crime.