Criada pela agência Neogama especialmente para a mídia online, a campanha da Personal para divulgar o seu papel higiênico preto acabou levantando polêmica nas redes sociais. Intitulada de '#BlackIsBeautiful', com a hashtag, e trazendo Marina Ruy Barbosa como garota-propaganda, as peças foram alvo de muitas críticas dos internautas que relembraram o movimento negro ao redor do mundo.
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O publicitário Anderson França, mais conhecido como Dinho, escreveu, na tarde desta segunda-feira (23), um texto em sua página que levantou a discussão.
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"Black is Beautiful é o nome de um movimento criado por intelectuais e artistas afro-americanos na década de 1960, que influenciou de forma definitiva o pensamento de milhões de outras pessoas pelo mundo. Nas periferias e subúrbios, esse movimento não só é uma referência como é um estado de espírito", escreveu o rapaz de 42 anos.
E continuou: "Se você digitar "black is beautiful" em QUALQUER LUGAR DO MUNDO, você encontrará referências a Angela Davis, Malcolm X, O Partido Panteras Negras para Autodefesa, Fela Kuti, James Baldwin, Nina Simone, mas não no Brasil", disse.
"Pessoas morreram para que essa expressão fosse reverenciada até hoje. Pessoas continuam morrendo e essa expressão é mais importante e vital que nunca antes. Mas no Brasil, se você digitar #blackisbeautiful você vai encontrar papel de bunda", revoltou-se o publicitário.
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Nos comentários da publicação, que já conta com mais de 100 compartilhamentos até o momento, seguidores também se mostraram incomodados com a ideia. "Mais um pra lista do país que se diz não racista", disse um internauta.
Em seu Instagram, Marina Ruy Barbosa compartilhou uma foto da campanha que, segundo a própria, ela "adorou fazer parte".