© Ricardo Moraes / Reuters
O tenente da Polícia Militar Davi dos Santos Ribeiro, autor do disparo que matou a espanhola Maria Esperanza Ruiz Jimenez na Rocinha, disse ter ouvido som de tiro vindo do automóvel antes de disparar contra o carro que levava a turista.
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Segundo informações do jornal Extra, esta foi a primeira vez que o policial contou oficialmente sua versão sobre o ocorrido, já que preferiu por ficar calado ao ser ouvido na Divisão de Homicídios.
O militar contou que estava próximo a um dos acessos à comunidade, após um confronto que deixou dois PMs feridos. Ele teria recebido um alerta “para ter atenção a um veículo Freemont” que vinha do Largo do Boiadeiro, local onde a mulher acabou baleada.
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Ribeiro afirma ter feito um sinal para que o carro parasse com uma doas mãos, enquanto com a outra segurava o fuzil. O oficial deu duas versões contraditórias sobre esse momento em que disparou: primeiro, disse que estava posicionado na lateral da via quando deu a ordem de parada; depois, afirma que estaria no meio dela, de frente para o carro.
Ele afirma que o veículo acelerou após o sinal de parada. Em seguida, ele teria gritado para que o veículo parasse e, depois, deu dois tiros para o alto. O militar teria ouvido um estampido e "acreditou que o disparo teria vindo do veículo". Ribeiro disse ter atirado mais duas vezes, com a intenção de acertar o pneu do carro.
Após o depoimento, a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria de Justiça Militar, concedeu liberdade provisória ao tenente na tarde desta quarta.