© Fernando Frazão/ Agência Brasil
Dois policiais militares envolvidos no tiroteio que deixou um adolescente de 15 anos morto podem responder por omissão de socorro e fraude processual, segundo o delegado Evaristo Pontes. A mãe da vítima, a dona de casa Ana Paula Ambrosio Vasconcelos, 36, encontrou o filho ensanguentado no quintal de casal com vários PMs em volta dele. A troca de tiros aconteceu na última segunda-feira (23), na comunidade do Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense.
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Em depoimento à polícia, a dona de casa disse que, ao chegar em casa, foi ordenada pelos policiais a não mexer do corpo. Ao descobrirem que ela morava no imóvel, foi liberada para levar o filho ao hospital. Fernando Ambrósio de Moraes, atingido na barriga, não resistiu aos ferimentos e chegou à unidade de saúde sem vida.
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De acordo com informações do Extra, o protocolo da corporação prevê que o socorro deve ser feito pelos próprios policiais. "A investigação está muito no início. Mas, em sendo verdade o que afirmou a mãe, existe, sim, a possibilidade de ter havido tanto a fraude processual quanto a omissão de socorro", explicou o delegado Evaristo Pontes, acrescentando que quer fazer "o mais rápido possível" uma perícia no local.
Ontem (25), também foi iniciada uma investigação interna para apurar a conduta dos agentes. À noite, os policiais envolvidos na ocorrência prestavam esclarecimentos na 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (3ª DPJM), em Nova Iguaçu.