Parto normal de gêmeos é possível e mais indicado, diz especialista

Desde que a mãe e o bebê estejam bem não há necessidade de cesárea

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Lifestyle GESTAÇÃO 31/10/17 POR Notícias Ao Minuto

A gravidez de gêmeos sempre chamou atenção das pessoas por ser incomum. Mas hoje essa realidade mudou. Dados da Pesquisa de Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 2011 nasceram 52.920 gêmeos, já em 2015 foram 58.837, um aumento de mais de 11% de partos gemelares nesse período. Para a obstetra da Maternidade Brasília, Dra. Fernanda Torino, esse acréscimo se deve ao maior número de processos de reprodução assistida. “Hoje, as mulheres engravidam mais tarde o que dificulta a gravidez espontânea. Por isso, muitas recorrem à fertilização e isso aumenta a possibilidade de gestações múltiplas ”, explica.

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Esse cenário também desperta um questionamento: para grávidas de gêmeos o parto é sempre a cesariana? Segundo a Dra. Fernanda isso não é verdade. “O parto vaginal é sempre a melhor opção quando está tudo bem com a mãe e com o bebê. A cesárea é necessária quando há complicadores. Então, o parto normal deve ser estimulado, mas não pode ser a todo custo. Muitas vezes a cesariana é a opção mais segura”, esclarece.

+ Entenda as causas e cuidados do temido ressecamento vaginal

A tentativa do parto normal depende de muitos fatores e requer mais cuidados. “Na gestação gemelar há um risco maior de prematuridade. Na maioria das vezes os bebês não estão em posição adequada de nascimento. Já em 40% dos casos os dois estão cefálicos (com a cabeça para baixo), o que seria o ideal para um parto vaginal. Precisamos avaliar cada situação em particular”, afirma a Dra. Fernanda.

Entre os benefícios do parto normal estão:

a recuperação materna mais rápida e menos dolorosa;

rápida descida do leite;

preparação do pulmão e estímulo do sistema imunológico e intestinal dos bebês.

Cuidados especiais

A gravidez de múltiplos apresenta mais riscos para as mães e os bebês e, por isso, ocorre o encaminhamento para o pré-natal de alto risco. “A grávida de gêmeos, sejam eles idênticos ou não, tem consultas médicas com maior frequência, faz mais exames e precisa de um acompanhamento especial, pois tem maior possibilidade de ter pressão alta, doença hipertensiva da gestação e diabete gestacional”, enfatiza Torino.

A especialista reforça ainda que toda gravidez precisa de um acompanhamento médico, mas na de gêmeos a possibilidade de intercorrências é maior. “A mãe precisa evitar ao máximo esforços físicos, ter uma alimentação saudável e estar preparada caso os bebês venham antes do tempo, que é o mais provável”, alerta a especialista.

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