Alimentação de base vegetal pode ajudar atletas a melhorar performance

Nutricionaista diz que, em termos científicos, este tipo de alimentação "não limita a performance desportiva dos jogadores"

© DR

Lifestyle Especialista 01/11/17 POR Lusa

O nutricionista Darchite Kantelal é um dos profissionais que defende que a alimentação de base vegetal pode estar associada a alguns benefícios para os atletas, sobretudo às reservas de energia.

PUB

Ouvido pela Lusa, Kantelal diz que, em termos científicos, este tipo de alimentação "não limita a performance desportiva dos jogadores" e, pelo contrário, "até poderá estar associada a determinados benefícios".

"Os atletas que geralmente são vegetarianos tendem a ter maiores reservas de energia (...). Este tipo de alimentação pode também melhorar capacidade de combater o estresse oxidativo que geralmente é causado pelo exercício", reconhece o nutricionista que trabalha com o clube português Estoril Praia e estagiou no Sport Lisboa e Benfica.

Ele era vegetariano e em 2015 tornou-se vegano (não consome nada de origem animal, desde a alimentação aos produtos e roupas que usa diariamente). Diz que foi "por questões éticas e ambientais", mas sublinha que não é ortodoxo: "Respeito todos".

Há pessoas que reduzem apenas o consumo de carne, Não existe um extremo a definir, em que se pense que ou se é vegano ou não se está a fazer nada [pelo ambiente]. Quem, por exemplo, reduz o consumo de carne ajuda o ambiente e pode melhorar a sua saúde", afirma.

Apesar de não comer nada de origem animal, o nutricionista reconhece que não aplica os princípios de uma alimentação de base vegetal a 100% nos atletas do Estoril Praia que segue. "O que faço é aumentar o consumo de carboidratos porque é essencial. Tento incluir fontes de carboidratos não processadas às refeições, como a batata, a quinoa, as leguminosas e massas" exemplifica.

+ Sete dicas para ser mais saudável e ainda poupar dinheiro

Defende que na história "não houve período mais fácil para ser vegano do que agora". "Ainda ontem comi num restaurante tipicamente português que oferecia pratos tradicionais perfeitamente adaptáveis à alimentação de base vegetal", conta.

Sob o ponto de vista alimentar, sublinha a variada oferta atual dos grandes supermercados, com um exemplo: "Na parte dos laticínios, metade é leite e outra metade são bebidas vegetais com uma série de sabores".

É na roupa e no calçado que ainda encontra dificuldades. "Aí ainda tenho alguma dificuldade, não para encontrar, mas porque o preço é por vezes elevado", confessa.

O nutricionista ainda diz que não é preciso ser vegetariano ou vegano para fazer a diferença. "Reduzir o consumo de carne e aumentar alimentos de base vegetal já está a fazer a diferença", afirma, reconhecendo que "as pessoas estão cada vez mais conscientes".

Sobre os custos de uma alimentação vegetariana ou vegana, o nutricionista não tem dúvidas: "Há pessoas que seguem uma alimentação vegetariana ou vegana por ser mais acessível. Não tem que ver com ser ou não biológico. A batata, os vegetais e as leguminosas são mais baratos por quilo do que a carne ou o peixe".

Quanto aos atletas que acompanha, reconhece que o "grande problema" é o consumo excessivo de proteína. "Quando olham para o prato, primeiro escolhem as fontes de proteína, como a carne o peixe, e deixam os hidratos para o fim. Ora quando comem carne ou o peixe estes saciam bastante a fome e depois acabam por não completar todas as fontes de hidratos de que precisam".

Diz que tenta focá-los no consumo de leguminosas, pois é também uma fonte de proteínas e tem muitos minerais e outros nutrientes, tornando-se "uma forma eficaz de os atletas fazerem uma alimentação mais de base vegetal atingindo as necessidades energéticas de que precisam".

"No Estoril Praia aconselho a fazerem o contrário. Não digo para não comerem carne ou peixe, mas foco muito no consumo de leguminosas, que estão associadas a uma melhoria na distância percorrida pelos jogadores".

Confirmando ou não esta teoria está o atleta norte-americano Carl Lewis, vegano assumido e que liderou o ranking mundial de velocidade nos 100m e 200m, além das provas de salto em comprimento, que dominou entre 1981 e o início de 1990. Ganhou dez medalhas olímpicas e outras dez nos campeonatos mundiais de atletismo, a maioria de ouro. Com informações da Lusa. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Lifestyle Os Astros Dizem 02/11/24

Novembro traz mudanças: as previsões de uma astróloga para cada signo

Lifestyle Relações 02/11/24

Nem imagina o que o chocolate meio amargo pode fazer pela sua vida sexual

Lifestyle Saúde masculina 02/11/24

Passos simples para potencializar a sua testosterona

Lifestyle Casamento 02/11/24

Como começou essa história de casar? A história surpreendente sobre o casamento

Lifestyle Rugas 02/11/24

Faça estas coisas e você diminuirá o surgimento de rugas