© REUTERS/Paulo Whitaker
Ao menos cinco réus da Operação Lava Jato têm dupla nacionalidade e estão fora do país, o que dificulta o trâmite das ações da Justiça. A Interpol auxilia para tentar auxiliar nas investigações. As informações são de reportagem da Folha de S. Paulo.
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Um dos casos mais conhecidos é o de Rodrigo Tacla Duran, que chegou a ser preso na Espanha, mas teve extradição negada por ser cidadão do país. À distância, ele fez acusações contra a construtora Odebrecht e contra um amigo de Moro. Ele é suspeito de coordenar pagamentos para a empreiteira e também para a construtora UTC.
Na Justiça portuguesa tramita o caso do ex-diretor da Petrobras Raul Schmidt, detido em março de 2016 no país europeu. Ele é réu em duas ações com Moro que ainda não foram sentenciadas, e alegou que seus direitos estariam em risco no Brasil.
O suposto operador de propinas da Odebrecht Bernardo Freiburghaus é suíço e mora atualmente me Genebra. O juiz Moro concordou, em maio, em enviar o processo para a Suíça, onde também é investigado.
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O libanês Sleiman El Kobrossy teve prisão decretada em 2014 , acusado de agir com um grupo ligado ao do ex-doleiro Alberto Youssef. Uma ação penal foi aberta por Moro, mas ainda não foi sentenciada. Em setembro, ele apresentou declaração hospitalar do Líbano que apontava grave problema de saúde.
Oscar Algorta Raquetti, uruguaio, é suspeito de de auxiliar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a lavar dinheiro com uma empresa. Ele se tornou réu em 2015, e o Brasil fez pedido de cooperação internacional ao Uruguai para intimá-lo.