© Divulgação/Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai
A prisão domiciliar do ex-médico Roger Abdelmassih, acusado por 48 estupros, foi expedida pela Justiça em 21 de junho de 2017, alegando que a saúde do detento estaria debilitada.
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O Ministério Público de São Paulo exigiu que Abdelmassih voltasse ao regime fechado, mas o Tribunal de Justiça local autorizou que o ex-médico utilizasse a tornozeleira eletrônica enquanto estivesse no hospital e, em seguida, em casa.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão domiciliar após entender que Abdelmassih não poderia ser prejudicado por um problema da Administração Pública. Atualmente, o ex-médico cumpre pena em sua casa, localizada em Pinheiros, São Paulo.
“Há vários outros detentos com problemas de saúde gravíssimos e eles estão na prisão, pois não têm dinheiro para contratar os melhores advogados do Brasil nem um médico que produza um laudo de 150 páginas para confirmar doenças”, diz o advogado que trabalha em defesa das vítimas, Eduardo Sampaio.
“Nós vivemos presas e ele está livre. Ele ainda é um homem rico e influente, não sabemos o que pode fazer. É um trauma que nunca passa”, destaca uma das vítimas do abuso, Vana Lopes, em entrevista ao 'Metrópoles'.
“Fechei os olhos sonhando em ser mãe e acordei no meio do ato, com ele em cima de mim. Ele destruiu famílias inteiras”, completou.
De acordo com a reportagem, as vítimas do ex-médico criaram o grupo de apoio 'Vítimas Unidas', com o intuito de compartilhar suporte psicológico e legal.