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A socióloga Ângela Belchior, irmã do cantor cearense, pretende vetar a circulação da biografia 'Apenas um Rapaz Latino-Americano', escrita pelo jornalista Jotabê Medeiros. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, ela pretende lançar uma outra versão sobre a vida do cantor em outubro do ano que vem, quando o artista completaria 72 anos.
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"[O livro] é ofensivo à nossa honra e principalmente à honra de Belchior, que não está mais presente fisicamente na Terra", diz Ângela. "Estamos pegando depoimentos porque a gente não quer uma biografia mentirosa para as gerações vindouras", afirma a socióloga.
Ângela contesta partes do texto em que o jornalista relata um conflito entre Belchior e um decano não identificado da Faculdade de Medicina de Porangabuçu, em Fortaleza, que teria chamado o aluno de "medíocre".
Jotabê Medeiros também contesta informação de que a mãe do cantor cantaria no coral da igreja, o que, para a irmã, é o trecho "mais ofensivo entre todas as questões ofensivas".
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Em resposta, o biógrafo afirma que é alvo de represália. "É um tipo de autoritarismo, eu não acho isso bacana", diz Medeiros. "Eles têm dito que só eles podem contar a história de Belchior; eles podem, eu só não acho que preciso bater o que eu apurei com o que eles apuraram."
Para o jornalista, as críticas também são causadas por discordâncias sobre a causa do sumiço do artista. "Ela acha que todo o pessoal que abrigou o Belchior no Rio Grande do Sul fazia parte de uma grande conspiração para mantê-lo refém", diz Medeiros. "Discordo, dentro da minha investigação não achei fundamento para dizer esse tipo de coisa e na biografia digo que acho inverossímil."