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A inflação oficial de 2013, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na sexta-feira, ficou em 5,91%. Apesar de todo o esforço do governo para conter a alta do índice, o resultado ultrapassou as expectativas do mercado. Também frustrou a meta do próprio governo, que era fechar o ano com IPCA inferior ao de 2012, de 5,84%.
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"O mais provável é que a inflação de 2014 fique acima de 6,5%", afirma o professor da Faculdade Economia e Administração da Universidade de São Paulo, Heron do Carmo. O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, faz coro com Heron e traça cenário de um IPCA em torno de 6,5% em 2014.
Segundo o economista, o IPCA de 2013 indica um quadro "preocupante" para a inflação neste ano que dificilmente registrará alta de preços inferior à do ano passado. "Temos um IPCA que não está num nível real, está abaixo, e pela necessidade de ajustes nos próximos anos as desonerações vão começar a ser repensadas, o que deve ter impacto nos preços."
Nas previsões da sócia da Tendências Integrada, Alessandra Ribeiro, a inflação deve encerrar 2014 em 6%, sem considerar um reajuste nos combustíveis e nas tarifas de transporte público em São Paulo. O cenário prevê a desaceleração dos preços livres para 6,5% e a aceleração dos administrados para 4,3%. O economista da Rosenberg Associados, Fernando Parmagnani, acredita que o cenário mais provável para a inflação deste ano é abaixo de 6%. De toda forma, ele ressalta que o quadro é "perigoso". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.