© Mohamed Azakir/Reuters
De acordo com o governo libanês, citado pela agência de notícias Reuters, as autoridades acreditam que o ex-premiê Saad Hariri esteja preso na Arábia Saudita. Hariri abandonou a função de primeiro-ministro em 4 de novembro, enquanto visitava a Arábia Saudita por temer possível assassinato parecido ao do próprio pai.
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"O Líbano está apelando a países árabes e estrangeiros para que os sauditas libertem o ex-premiê Saad Hariri", disse à Reuters uma fonte oficial, que preferiu manter anonimato.
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O oficial acrescentou: "A limitação da liberdade de Hariri é um ataque à soberania libanesa. Nossa dignidade é a dignidade dele. Vamos colaborar com os países para que ele volte a Beirute."
Riad e os assistentes de Hariri desmentiram as alegações de que ele esteja em prisão domiciliar, mas não negaram que sua circulação está restrita.
A resignação de Hariri ocorreu depois do anúncio do ministro das Relações Exteriores saudita, Thamer Banhan, sobre estar esperando que o Líbano "atue para deter" o movimento Hezbollah – parte do governo do país – por representar ameaça à Arábia Saudita.
Hariri, que foi primeiro-ministro do país entre 2009 e 2011 e assumiu o governo mais uma vez em 2016, no sábado (4), pediu afastamento das funções durante visita à Arábia Saudita por medo de ser assassinado como seu pai. Além disso, ele criticou o movimento xiita paramilitar e político Hezbollah no Líbano e acusou o Irã de estar tentando destruir a região.
O pai dele, Rafik Hariri, foi assassinado em 2005, como resultado de uma explosão em Beirute. Cinco membros do Hezbollah foram acusados de estarem ligados ao assassinato pelo Tribunal Especial para o Líbano em Haia. Com informações da Sputnik News Brasil.