© Marco Bello/Reuters
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que o país realizará eleições presidenciais em 2018 conforme manda a Constituição.
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"Em 2018, chova, troveje ou relampeie, vamos ter eleições presidenciais como manda a Constituição e confio o voto na consciência do povo", disse durante uma reunião com almirantes e generais da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb).
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O mandatário rechaçou que o qualifiquem de "ditador" e definam seu governo como uma "ditadura". Ele ainda convocou os venezuelanos a irem às urnas no dia 10 de dezembro para votar no pleito municipal.
"Uma tremenda ditadura que organiza em 18 meses, a cada quatro meses em média, três processos eleitorais para que o povo eleja uma Assembleia Nacional Constituinte, votem em seus governadores e que, no próximo dia 10, elejam as autoridades das 335 prefeituras dos municípios do país", disse ainda em discurso.
Apesar do destaque dado pelo presidente, a convocação da Constituinte foi criticada por praticamente todos os países do mundo, que viram a tentativa de Maduro de dissolver a Assembleia Nacional, que tinha mais de dois terços dos representantes da oposição.
Além disso, nas eleições para governadores, a maior parte dos partidos de oposição boicotaram o processo por conta do juramento ao cargo ter que ser feito aos Constituintes e não à Assembleia eleita no fim de 2015.
Por conta da convocação da Constituinte, inclusive, a Venezuela registrou protestos diários contra Maduro, que causaram a morte de mais de 120 pessoas. Maduro falou sobre as manifestações e, como era de se esperar, acusou opositores de pagarem para haver violência.
"Eles não voltarão porque a oposição não tem mais condições e não vamos permiti-los nunca mais. Esses tempos de ódio e intolerância não voltarão. Hoje estamos mais esclarecidos e temos mais poder para fazer isso, além de termos novas técnicas e capacidades", disse aos militares. Com informações da ANSA.