Astrônomos descobrem estrela 'zumbi', que sobreviveu a várias explosões

Uma estrela que fica a 500 milhões de anos-luz da Terra desafia conhecimentos atuais sobre as explosões das estrelas

© Pixabay

Tech fenômeno 10/11/17 POR Notícias Ao Minuto

Os astrônomos descobriram na constelação da Ursa Maior uma estrela "zumbi" extremamente incomum, que já sobreviveu a várias explosões de supernova. Isto foi revelado pela nova pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista "Nature".

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Quando a supernova iPTF14hls foi observada pela primeira vez, em setembro de 2014, os astrônomos do Observatório Las Cumbres, Califórnia (EUA) pensavam que era completamente normal. As supernovas (etapas finais da evolução de estrelas, caraterizadas pela explosão brilhante) se formam como resultado da explosão de estrelas gigantescas. Mas analisando a explosão da estrela iPTF14hls, os cientistas revelaram algo que nunca foi observado até então.

Normalmente, a supernova brilha durante 100 dias antes de desaparecer. Mas esta estrela brilhou durante 600 dias. O autor principal do estudo, Iair Arcavi, confessou que pensava "que devia se tratar de uma estrela próxima da nossa galáxia". Mas como se soube depois, a supernova se situava a 500 milhões de anos-luz de distância. Pela primeira vez foi registrado tal comportamento pela supernova.

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Os astrônomos decidiram revisar os dados do arquivo e descobriram que essa mesma estrela explodiu em 1954, mas sobreviveu ao evento. Meio século depois, explodiu mais uma vez e sobreviveu.

O estudo sugere que o fenômeno pode ser explicado pela teoria da supernova pulsante por conta da instabilidade de pares, que se refere a um processo no qual os núcleos de uma estrela massiva alcançam uma temperatura tão alta que converte a energia em matéria e antimatéria. Quando isso acontece, a estrela se torna instável e pode explodir parcialmente, deixando o núcleo intacto. A estrela logo se estabiliza e pode experimentar este processo várias vezes em poucos anos ou décadas.

Mas vários pontos dessa teoria não coincidem na observação da iPTF14hls. A energia libertada pela supernova era maior do que a teoria predizia.

Atualmente, a supernova segue brilhando e a equipa continua as observações. Com informações do Sputnik Brasil.

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