Daiello pleiteava novo modelo de nomeação

Ex-diretor da corporação chegou a discutiu mudanças no processo de escolha do comando do órgão

© DR

Política POLÍCIA FEDERAL 11/11/17 POR Folhapress

Em reuniões com diretores e superintendentes nas últimas semanas, o ex-diretor-geral da Polícia Federal Leandro Daiello discutiu mudanças no processo de escolha do comando do órgão, destacando a necessidade de reduzir o risco de nomeações políticas.

PUB

O primeiro dos encontros aconteceu pouco depois de, em uma reviravolta, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, ter anunciando que não faria nenhuma troca no comando da Polícia Federal, no dia 16 de setembro.

Em várias oportunidades depois do "fico", Daiello relatou a colegas do órgão a forte pressão do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre Michel Temer para a troca na corporação. O nome do principal aliado do presidente para o cargo era Fernando Segóvia, que acabou sendo nomeado na quarta (8).

Como mostrou a Folha de S.Paulo, os apelos de Padilha aumentaram após a descoberta do bunker de R$ 51 milhões atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

+ Oposição quer que novo diretor-geral da PF explique ligação com Sarney

De acordo com apuração da reportagem, o tema de mudança no formato de escolha de diretor-geral foi retomado nos encontros de Daiello por causa da possível nomeação de Segóvia, considerada uma ameaça pela antiga cúpula.

Quando não falava o nome do colega, era claro para todos os interlocutores que era a ele que Daiello se referia, principalmente pela forma como a articulação estava sendo feita, no mais alto escalão do governo, por investigados na Lava Jato.

Os dois outros cotados para o cargo eram muito próximos do ex-diretor-geral, tanto Rogério Galloro quanto Luiz Pontel, ambos da cúpula da polícia.

Atualmente, não há critério para a escolha do comando da PF, nem mesmo regra para o tempo de permanência na cadeira.A opção de uma lista tríplice, por exemplo, como acontece para a escolha do procurador-geral da República, sempre foi a mais criticada por Daiello, que dizia enxergar uma politização no processo.

Outra sugestão seria a de que a nomeação deveria respeitar os quadros da instituição, tendo como opções os superintendentes e os integrantes da cúpula.

Chegou-se a debater um mandato para os superintendentes regionais.

Não havia, porém, ideia fechada que o ex-diretor-geral defendesse, mas a pressão das últimas semanas fez do tema assunto frequente em muitas reuniões.

Para a mudança, seria necessário um projeto de lei passar pelo Congresso.

A reportagem procurou Leandro Daiello nos últimos dias, também pela sua antiga assessoria de imprensa, mas não conseguiu contato. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Tragédia Há 19 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

fama Realeza britânica Há 2 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Hollywood Há 21 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 21 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

esporte Futebol Há 22 Horas

Ex-companheiros ajudam filho de Robinho, que começa a brilhar no Santos

esporte Tênis 23/12/24

Fonseca evita comparações com ídolos do tênis: "Quero só ser o João"

fama Televisão agora mesmo

Fernanda Lima diz que Globo acabou com Amor e Sexo por ser progressista

fama Luxo Há 23 Horas

Jeff Bezos se casará em Aspen com festa de R$ 3,5 bilhões e convidados famosos

brasil Tragédia Há 20 Horas

Duas mulheres seguem em estado grave após explosão de avião que caiu em Gramado

fama Família Há 20 Horas

Está 24 horas presente, diz Iza sobre Yuri Lima, pai de Nala