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Novembro é o mês de conscientização e prevenção à prematuridade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15 milhões de bebês nascem antes do tempo por ano no mundo, sendo que a cada 10 recém-nascidos, um é prematuro. No Brasil, a taxa de prematuridade é ainda maior, somando mais de 340 mil nascimentos por ano, o que significa 40 por hora, segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Por isso, a Maternidade Pro Matre Paulista acredita que é importante entender as causas e consequências da prematuridade e preveni-la sempre que possível. São consideradas prematuras as crianças que nascem antes de completar 37 semanas. Os bebes prematuro são classificados como: bebê prematuro tardio, nascido entre 34 e 36 semanas; prematuro precoce, nascido antes de 34 semanas e o prematuro extremo, que nasce antes de 28 semanas de gestação.
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Vale ressaltar que as cesarianas agendadas podem acarretar em prematuridade fetal, por esta razão, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Quem Espera, Espera", informando sobre os benefícios para mãe e criança da espera pelo trabalho de parto, único sinal claro de que o bebê está pronto para vir ao mundo.
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Uma boa assistência pré-natal é uma das precauções essenciais na prevenção à prematuridade. “Além de conhecer todo o histórico da mãe, a realização de exames clínicos, laboratoriais e obstétricos são de extrema importância para identificação prévia de possíveis gestações de risco e indicação adequada da melhor conduta terapêutica”, afirma o Dr. Mario Macoto, coordenador científico do departamento de obstetrícia da Maternidade Pro Matre Paulista. A avaliação do colo do útero também é fundamental, “Nossa recomendação é que toda gestante realize uma ultrassonografia transvaginal entre a 20ª e 24ª semana para saber a medida do colo uterino, pois ela pode sinalizar o risco de parto prematuro”, completa o médico.
Em muitos casos, quando a possibilidade de prematuridade é identificada com antecedência, a internação da gestante para repouso e o monitoramento da mãe e do feto é indicada para retardar o processo o máximo possível. “Entre outros fatores, a idade gestacional irá determinar a gravidade daquele bebê prematuro. Por isso, ganhar tempo dentro do útero é essencial para diminuir os riscos. Costumamos dizer que um dia do bebê no útero materno equivale a três dias de internação na UTI neonatal”, afirma Macoto.
Entre os critérios maternos mais comuns para a internação na semi-intensiva estão as intercorrências obstétricas, como diabetes gestacional, placenta prévia, bolsa rota, pré eclampsia e trabalho de parto prematuro; as intercorrências clínicas, como a hipertensão arterial cronica, trombofilia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, doenças hematológicas e doenças renais, infecção urinária e infecção pulmonar; e as intercorrências fetais, como restrição de crescimento, alteração do líquido amniótico e alteração da vitalidade fetal.
Caso o parto prematuro seja inevitável, o uso de corticoides durante a gestação para fortalecer os pulmões do bebê e do sulfato de magnésio para proteger o cérebro do recém-nascido, são métodos bastante indicados e administrados com frequência. Segundo Macoto, é possível diminuir o impacto da prematuridade em função dos cuidados oferecidos a essas gestantes e bebês. Depois do nascimento, o bebê prematuro é encaminhado para a UTI neonatal da Pro Matre, que oferece uma infraestrutura completa para garantir um atendimento de qualidade aos bebês.