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Dentro da unidade, onde 62 presos foram mortos desde 2013, detentos reclamaram que a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado maquiou a situação dentro do local, encaminhando presos para outras prisões. Mesmo assim, a situação observada era de precariedade nas celas, e havia superlotação. Os presos afirmaram que são vítimas de tiros de armas de bala de borracha e que não têm assistência médica dentro do complexo.
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Enquanto os jornalistas estavam no local, os presos ficaram indignados e começaram a protestar contra as tentativas dos agentes de retirar a imprensa. Um dos detentos jogou uma quentinha contra um dos funcionários. De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado, Luiz Antônio Pedrosa, é para evitar que o Estado tente maquiar a situação das unidades em que são necessárias as visitas-surpresas. Na sexta-feira, 10, o governo do Estado impediu a entrada da comissão de direitos humanos da OAB e da Assembleia Legislativa.
Maquiagem
Deputados maranhenses acusam o governo estadual de maquiar as unidades visitadas pela Comissão de Direitos Humanos de Senado. "Visitei muitos presídios no Brasil e vi muito isso: maquiagem", disse o deputado federal Domingos Dutra (Solidariedade). "Nós demos sugestões de visita ao Centro de Detenção e ao Presídio São Luís 2, que estão em situações graves, mas a direção do presídio fez outra programação e diz que, se os vereadores forem a esses locais, podem incentivar uma rebelião."
Presos afirmaram que vários detentos de celas superlotadas foram transferidos antes da visita dos parlamentares. O deputado federal Simplício Araújo (Solidariedade) afirma que os presos das alas mais problemáticas fazem greve de fome. "A intervenção é o melhor caminho para que a gente possa voltar ao normal aqui dentro", afirmou.