Com fim da era Ventura, Itália sonha com Ancelotti

Ex-treinador do Bayern é o favorito para assumir Azzurra

© REUTERS/Charles Platiau

Esporte análise 16/11/17 POR Adolfo Fantaccini, Ansa

Após o desastre nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, a Itália passa por, além de um momento de reconstrução, de sonhos e ambições de médio a longo prazo. Não participar do torneio da Fifa na Rússia é uma catástrofe que produziu o primeiro culpado nesta quarta-feira (15): Giampiero Ventura. O homem que deveria relançar o futebol italiano, mesmo tendo em mãos uma seleção jovem, não é mais o treinador da Itália. A saída de Ventura foi confirmada em uma manhã romana úmida e chuvosa, durante um telefonema do presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Carlo Tavecchio, que avisou Ventura de que já "não precisava mais de seus serviços." O fim da história instalou uma crise técnica, com o banco de reservas da Azzurra deixados sem um comandante. Agora, abre-se um leque de novos nomes para o cargo. Alguns são novidades, como Vincenzo Montella e Luigi Di Biagio, atual técnico da seleção italianas Sub-21. Mas o sonho da Azzurra - inclusive com a confirmação de Tavecchio, que fala de "Temos um grande horizonte de treinadores para trazer a Itália" - continua a ser Carlo Ancelotti, que é um dos favoritos ao cargo, assim como Antonio Conte, Massimiliano Allegri e Roberto Mancini.   

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A trajetória para o ex-treinador da Juventus, Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain (PSG) e Bayern de Munique é realmente duvidosa, não apenas por uma questão de dinheiro. Comandando a seleção italiana, Ancelotti sabe que pode ganhar muito menos do que em um clube - e o que não falta para ele são propostas - já que o técnico embolsa um salário alto, que gira em torno de 4 milhões de euros, valor semelhante ao de Conte.   

Ancelotti tem repetidamente deixado claro que quer se concentrar em um rejuvenescimento geral, já que está sem clube. Comparado ao seu antecessor Ventura, o novo treinador da Itália- independentemente do nome que será proposto pelo Conselho da FIGC na próxima segunda-feira (20), terá que reviver a Azzurra em meio de uma depressão profunda, com a "vantagem" de não poder fazer um trabalho pior do que Ventura.   

Os próximos compromissos da seleção italiana estão sendo planejados para meados de 2018.Agora, é tempo de reiniciar um novo projeto. E disto, Ancelotti sabe muito bem.(ANSA)

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