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Todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, registraram queda no PIB em 2015, ante o ano anterior, de acordo com dados das Contas Regionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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É a primeira vez na história que isso acontece no país, segundo registros do instituto.
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"Esse resultado de queda de todas as unidades da federação ainda não tinha sido visto, inclusive por nenhuma série já estimada pelo IBGE antes disso [2002, início da atual série histórica]. É um resultado inédito que afeta todos os Estados da federação", afirmou o gerente das Contas Regionais, Frederico Cunha.
O IBGE registrou PIB de R$ 5,996 trilhões no país em 2015 e, com isso, revisou a queda em relação a 2014 de 3,8% para 3,5%.O Estado que teve o melhor desempenho em 2015 foi o Mato Grosso do Sul, com queda de 0,3% no volume de seu PIB, em parte pelo bom ano da agropecuária local, que cresceu 10% no período. Os setores de indústria (-4,4%) e serviços (-1,6%), no entanto, contribuíram para o recuou da taxa.
"Os Estados que tiveram melhor resultado foram bastante influenciados pela agropecuária. O que pesou negativamente foi a indústria de transformação, o comércio e a construção civil. Todas essas atividades tiveram quedas expressivas", disse Cunha.
O Amapá registrou a redução mais acentuada, com queda de -5,5% no PIB. As principais contribuições negativas foram dos setores de indústria (-16,9%) e serviços (-4,1%). Eles foram puxados para baixo, principalmente, pelas atividades da construção (-17,9%) e do comércio, manutenção e reparação de veículos (-14,5%).
PESO
A região Sudeste manteve a tendência registrada nos últimos anos e perdeu 0,9% de participação no PIB do Brasil em 2015, ficando em 54%. A queda acumulada desde 2002 é de 3,4 pontos percentuais (p.p.), enquanto ganharam espaço Norte (0,7 p.p.), Nordeste (1,1 p.p.), Centro-oeste (1,1 p.p.) e Sul (0,6 p.p.).
"Na série 2002-2015, a região Sudeste é a única que perde participação. Na verdade, todos os Estados da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste ganharam participação, exceto Alagoas, Distrito Federal, Amazonas e Sergipe. O que mais ganhou foi o Mato Grosso, com o avanço da fronteira agrícola, entre outros fatores. Santa Catarina e Pará também ganharam bastante", explica Cunha.
A perda do Sudeste aconteceu mesmo com uma leve recuperação de espaço por parte de São Paulo, de 32,2% em 2014 para 32,4% em 2015. Perderam participação no período, porém, Rio de Janeiro (de 11,6% para 11%), Minas Gerais (de 8,9% para 8,7%) e Espírito Santo (de 2,2% para 2,0%). Com informações da Folhapress.