Por que comer rápido engorda e comer devagar não?

É preciso cuidado se você faz parte do grupo de pessoas que adora terminar uma refeição em poucos minutos

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Lifestyle Estudo 17/11/17 POR Notícias Ao Minuto

Existem dois tipos de pessoas à mesa: aquelas que demoram uma 'eternidade' para comer, mastigando pausadamente a cada garfada, e aquelas que fazem a comida desaparecer do prato em um piscar de olhos. 

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Se pertence a este segundo grupo de pessoas, então temos más notícias para lhe dar: comer depressa engorda. Apesar de esta ser uma ideia há muito defendida, sabe-se, agora, por meio de um novo estudo, que este hábito pode mesmo ter implicações a nível metabólico.

Segundo o jornal The Telegraph, cientistas da Universidade de Hiroshima, no Japão, concluíram que as pessoas que comem muito rápido apresentam uma probabilidade de sofrer da síndrome metabólica 5,5 vezes maior do que aquelas que comem devagar.

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Depois de terem analisado mil pessoas de meia idade ao longo de cinco anos, os cientistas japoneses descobriram que 11,6% dos que comiam depressa desenvolviam a doença. No caso dos que comiam a uma velocidade normal, o risco era de apenas 6,5% e de 2,3% no caso dos que comiam com pausas maiores entre as garfadas.

Para os cientistas, é fácil encontrar uma justificativa para os dados obtidos: quanto mais depressa se come, mais depressa a informação enviada ao cérebro se perde, fazendo com que não haja a emissão de sensores de saciedade, o que faz com que as pessoas que comem depressa tenham fome mais cedo e comam mais ao longo do dia.

Além disso, as pessoas que comem depressa tendem a não estar atentas à quantidade de vezes que levam os talheres à boca, o que faz com que acabem também por comer mais em cada refeição, mesmo quando estas são altamente calóricas.

É importante ressaltar ainda que o hábito de comer muito rápido está ainda associado a um estilo de vida acelerado (e falta de tempo para comer) dos dias de hoje e que muitas vezes implica recorrer a sanduíches, hambúrgueres ou refeições pré-preparadas para almoço e jantar, algo que, por si só, é já meio caminho andado para desencadear o aparecimento da doença.

Este estudo acaba por confirmar uma tendência que a ciência tem vindo a defender: a prática do mindfulness à mesa, isto é, a adoção de uma postura calma, concentrada e consciência quando se está a comer.

A síndrome metabólica é um conjunto de patologias clínicas que aumentam o risco de problemas cardiovasculares, como o aumento dos níveis de açúcar no sangue, o aumento da tensão arterial, o aumento da diabetes e ainda o aumento da gordura abdominal e/ou obesidade.

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