© Adriano Machado/Reuters
A defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) alega que o Procuradoria-geral da República alterou tradução de documentos enviados pela Suíça para fazer com que o ex-parlamentar respondesse ao delito de evasão de divisas.
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De acordo com informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, os advogados Pedro Ivo Velloso e Ticiano Figueiredo apresentaram apelação Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Velloso e Figueiredo perceberam que outro réu deixou de ser acusado do delito porque a prática não é crime na Suíça. Eles enviaram os papéis a três peritos estrangeiros, que apontaram erro na versão dos procuradores. A falha viabilizado a condenação do ex-deputado pela transgressão.
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Ainda de acordo com o jornal, transcrição da PGR, a Suíça autoriza o Brasil a processar e julgar o acusado “pelos crimes por ele cometidos na Suíça”. Já na dos peritos contratados, “pelas infrações que lhe são imputadas na Suíça”.
“A falsa tradução favorece a percepção inverídica de que a Suíça não teria condicionado a investigação a infrações tipificadas em sua legislação”, afirmam os advogados. A defesa pede suspensãodo julgamento do recurso e abertura de investigação sobre o caso ao relator João Pedro Gebran Neto.