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O ator Diogo Cintra foi espancado no centro de São Paulo nesta quarta-feira (15) ao pedir ajuda de seguranças após sofrer uma tentativa de assalto. Em nota, a SPTrans disse que vai apurar o caso e punir os agressores caso a violência seja comprovada.
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O artista relatou, por meio das redes sociais, que o episódio ocorreu depois de ter sido abordado por dois bandidos, por volta das 5h, em um local próximo ao Terminal de Ônibus Parque Dom Pedro 2º.
"Chegando lá, ainda sendo perseguido, eu tentei pedir ajuda pra uma segurança, que virou pra mim e disse: ‘Meu, só corre. Sai daqui'", diz.
O ator explicou que os homens que o abordaram, momentos antes, chegaram no local e disseram que ele que havia cometido o roubo.
"Os seguranças acreditaram neles sem pensar duas vezes e aí começaram a me segurar com força e violência. Eu gritava tentando argumentar com os caras", disse.
Segundo Diogo, os seguranças assumiram rapidamente que ele era o culpado. "Lá do lado de fora eu fui ESPANCADO por eles. O segurança chegou a perguntar o que eles iam fazer comigo, e disseram que iam me levar pro 'rio'. Apavorado com o que poderiam fazer comigo, entrei em desespero e comecei a me debater. Quando consegui me soltar, saí correndo, mas os caras tinham três cachorros com eles. Eu fui atacado pelos cães", conta ele em seu relato.
Em seguida, diz que a situação só não ficou mais grave pois uma amiga dos criminosos pediu que eles parassem. "Assim eu conseguiu fugir e voltar pro terminal. Eu fiquei cheio de mordidas e arranhões, além dos hematomas", relata.
“Por pouco, eu não fui morto por uma injustiça e por conta de um ato racista. Racista, porque eu sou negro e estava simplesmente andando de madrugada. Racista porque ninguém naquela noite acreditou em mim, e além de ser assaltado, fui sentenciado por pessoas que nem quiseram me ouvir falar. Por que diabos automaticamente o segurança assumiu que eu era o bandido e que os outros caras estavam falando a verdade? E o pior, o segurança também era negro. O que diabos levou a ele a não sentir sequer o mínimo de empatia por mim? Por que ele não chamou a polícia para resolver a situação, ao invés de simplesmente me enxergar como um bandido e me entregar pros cães?”, questiona.
Confira o relato completo:
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