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“A ponte foi o problema maior, porque isso nunca aconteceu, e não é nos últimos dez anos, é nos últimos cem anos. Você ter o deslizamento de uma serra, que trouxe grandes árvores, e quando chegou à ponte, a ponte antiga, cheia de pilares, aquilo formou um dique, e o rio saiu do leito. Formou um outro rio do lado, levando as casas de um bairro”, disse ao visitar a cidade.
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De acordo com o governador, apesar de o estado fazer a telemetria do Rio Ribeira de Iguapé, o principal da região, não foi possível prever a cheia de um dos seus afluentes, o Palmital, que cruza o município de Itaóca. Além disso, Alckmin ressalta que a forte chuva atingiu pontualmente a serra vizinha à cidade.
“Aqui você teve chuva de 200 milímetros localizada. E não foi nem na cidade, foi na serra. E aí deslizou a serra. Morro, árvore, veio tudo [abaixo]. E veio com as águas. Quando chegou à cidade, a ponte foi como um dique, que causou todo esse problema”, destacou.
O governador anunciou que vai refazer a ponte, agora de concreto armado, mais alta e com arco, sem pilar. O estado, por meio do Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, também vai construir 90 casas.
“As famílias que perderam tudo passam a ter um auxílio aluguel de R$ 300 durante 6 meses, e recebem R$ 1 mil para poder comprar as coisas mínimas que perderam. E vamos refazer as casas em lugares seguros”, disse.
O governo contabilizou até o momento 19 casas derrubadas pela água. Ainda não é possível estimar a quantidade de construções condenadas e que precisarão ser refeitas.
A energia elétrica já foi restabelecida em praticamente 80% do município, principalmente na área urbana. A estação de tratamento de água da cidade também já está em funcionamento, e os técnicos estão testando as adutoras.
O número de mortos pela chuva que atingiu o município, no sudeste do estado, foi atualizado, na manhã de hoje (14), para dez, segundo a Defesa Civil. Com a ajuda de quatro cães farejadores, bombeiros trabalham na busca por 12 desaparecidos. A cidade foi inundada pelo Rio Palmital, que transbordou com a chuva. Houve queda de três barreiras, o que dificultou o acesso à cidade. Segundo o levantamento da Defesa Civil, 100 casas foram afetadas pela forte enxurrada, 83 famílias (332 pessoas) estão desalojadas e nove, desabrigadas. Em Apiaí, cidade vizinha, a chuva também danificou 50 casas.