© Paulo Pinto / Fotos Públicas
O PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estudam lançar uma chapa para as eleições de 2018 em São Paulo com o ex-prefeito Fernando Haddad e o vereador Eduardo Suplicy na disputa pelo Senado.
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A proposta foi apresentada por Lula e pelo presidente do diretório estadual do PT de São Paulo, Luiz Marinho, pré-candidato a governador, em reuniões com Haddad e Suplicy na quinta e sexta-feira, respectivamente, na sede do Instituto Lula.
Suplicy gostou. "Ponderei que isso significaria uma força muito grande para o PT, para a candidatura de Lula em São Paulo e para o candidato a governador", disse. Já o ex-prefeito, segundo relatos, apontou as dificuldades da proposta. "Falei com o Fernando Haddad hoje (sexta-feira) e ele avaliou que se a Marta (Suplicy, PMDB) for candidata as pessoas podem votar em mim e nela do mesmo jeito que muitos podem votar nele e em outro candidato e é capaz de nós dois perdermos", afirmou Suplicy.
Encaixar os dois principais líderes do partido em São Paulo na chapa para 2018 tem sido uma das maiores dificuldades de Lula e do PT estadual. A chapa idealizada teria Marinho para governador, Haddad ou Suplicy concorrendo ao Senado e um dos dois na disputa pela Câmara. Ambos são vistos como puxadores de votos em potencial, capazes de ajudar a eleger candidatos do PT a deputado. Mas nem o vereador nem o ex-prefeito aceitam se candidatar à Câmara. Suplicy chegou a dizer a Lula e Marinho que se não for candidato ao Senado prefere terminar o mandato de vereador, para o qual foi eleito com mais de 500 mil votos, um recorde na cidade.
Já Haddad tem evitado o confronto. O ex-prefeito se comprometeu a apoiar a pré-candidatura de Marinho que, em troca, ofereceu a vaga ao Senado, mas Haddad respondeu que só aceita se houver acordo com Suplicy. Lideranças do PT-SP não descartam a possibilidade de Haddad entrar na disputa pelo governo caso a candidatura de Marinho não decole.
Imposto de Renda
Num ato como pré-candidato do PT à Presidência, Lula disse ontem, em Diadema (SP), que "salário não é renda" e, portanto, o "povo" não deve pagar Imposto de Renda sobre seus vencimentos. Para o petista, a tributação deve recair sobre os "ricos".
"Salário não é renda, portanto o povo não tem que pagar Imposto de Renda sobre salário. Quem tem que pagar Imposto de Renda é rico", afirmou o ex-presidente, sem dar detalhes.
Lula fez comentário imediatamente depois de prometer revogar feitos da gestão Michel Temer como a mudança do modelo de concessão do pré-sal. "Eu vou voltar e se eu ganhar a gente vai revogar tudo isso", disse. Lula participou de um ato em comemoração aos 35 anos da vitória do PT na eleição para a prefeitura da Diadema, em 1982, quando o partido tinha apenas um ano de existência e ocupou pela primeira vez a chefia de um Executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.