© José Cruz/Agência Brasil
Mais uma vez, o pedido feito pelos advogados do ex-deputado Eduardo Cunha, para ele ser transferido do Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para Brasília ou Rio de Janeiro, foi negado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato em primeira instância.
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"Não é conveniente a transferência definitiva do condenado para Brasília ou para o Rio de Janeiro, considerando o modus operandi da prática de crimes pelo condenado, com utilização de sua influência política para obtenção de vantagem indevida mediante corrupção", considerou o magistrado, em seu despacho.
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"Sua influência política em Curitiba é certamente menor do que em Brasília ou no Rio de Janeiro. Mantê-lo distante de seus antigos parceiros criminosos prevenirá ou dificultará a prática de novos crimes e, dessa forma, contribuirá para a apropriada execução da pena e ressocialização progressiva do condenado", acrescenta Moro.
Para justificar a transferência, segundo informações do portal G1, a defesa de Cunha alega "redução de custos com o traslado do preso", já que advogados e família do ex-deputado vivem no Distrito Federal. Além disso, consideram que a mudança para a capital fluminense também seria mais viável, porque era lá que o político morava, antes de ser preso. Seria, então, "mais fácil deslocar o núcleo familiar carioca".
Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016, acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. O peemedebista também responde a um processo no Distrito Federal, referente à Operação Sépsis, que apura desvios do FI-FGTS, o fundo de investimento bilionário administrado pela Caixa Econômica Federal.