Charles Manson, o 'assassino' que inspirou o pop

Manson se aproximou, aos 32 anos, de Dennis Wilson, dos Beach Boys. Banda depois gravaria uma de suas composições, 'Never Learn Not to Love'

© Reuters

Cultura Influência 20/11/17 POR Folhapress

Charles Manson, o líder de um culto macabro que ficou conhecido pelo chocante assassinato da atriz Sharon Tate em 1969 e que depois se tornaria tema de livros, filmes e canções, morreu na noite de domingo (19) na Califórnia.

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Ele tinha 83 anos e estava preso havia 48 por sete assassinatos, incluindo Tate, mulher do cineasta Roman Polanski, morta quando estava no oitavo mês de gestação.

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A série de crimes é considerada o fim da contracultura nos EUA, iniciada pelo movimento hippie nos anos 60.

A nota divulgada pelo Departamento de Correção da Califórnia afirma que Manson morreu às 20h13 do horário local (2h13 em Brasília), mas não revela a causa nem o destino do corpo -o assassino não tinha parentes vivos. Em janeiro, ele fora hospitalizado com sangramento intestinal, mas não pudera ser operado devido à saúde frágil, segundo o "New York Times".

Manson foi condenado à morte em 1971 e teve a sentença mais tarde comutada para prisão perpétua. Nascido em 1934 em Cincinnati, filho de uma adolescente, passou a maior parte da vida desde os oito anos em reformatórios e prisões por crimes como roubo de carros e aliciamento de menores.

Após ser solto pela última vez em liberdade condicional, aos 32, Manson se aproximou de Dennis Wilson, dos Beach Boys, banda que depois gravaria uma de suas composições, "Never Learn Not to Love". Foi nessa época que iniciou o culto conhecido como Família Manson.

Misturando ideais hippies, satanismo e princípios religiosos, Manson -descrito em seu julgamento ora como um homem recluso constantemente sob efeito de drogas ora como líder extremamente persuasivo- era tratado por parte de seus seguidores como um novo Messias.

Foi com esse discurso que ele ordenou a seus devotos uma série de assassinatos aleatórios em bairros ricos de Los Angeles, a fim de culpar supostos assassinos negros e iniciar uma "guerra racial apocalíptica". Três meses após as mortes, um dos participantes foi preso por um crime sem relação com o caso e contou a um companheiro de cela sobre o massacre, levando à prisão do bando.

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