© Ricardo Rojas/Reuters
As águas do mar da Baía de Santos, no litoral paulista, estão contaminadas com cocaína. A constatação é de um estudo conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pela Universidade Santa Cecília (Unisanta), segundo o qual a droga é encontrada tanto na forma pura quanto na metabólica, quando alterada para consumo humano.
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O professor-doutor Camilo Seabra, da Unifesp, explicou ao G1 que a substância chega ao oceano em meio ao esgoto doméstico e deve, em breve, começar a causar problemas ao ecossistema. "As quantidades de cocaína na água já estão próximas das que causam efeitos em organismo marinhos, que é na ordem de 200 a 2.000 nanogramas por litro, ou seja, para cada 1 litro de água, são 500 nanogramas de cocaína”, detalha.
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“A gente fez um experimento com mexilhões conhecidos como perna-perna. Fizemos uma exposição utilizando drogas durante uma semana. Ele apresentou problemas nas células e no DNA. Esses animais tem a capacidade de absorver a substância. A gente usa, em média, de 50 a 100 mariscos. Todos apresentaram problemas”, emenda.