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A música pernambucana acordou de luto na madrugada desta quinta-feira (23), com a partida do músico Tito Lívio. Parceiro musical de grandes nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Elba Ramalho, Lula Cortês e Zeca Baleiro, o compositor de "Arreio de Prata", "Lua Viva" e "Desengano" morreu aos 60 anos, na sua casa em Olinda, vítima de uma parada cardíaca (causa ainda não confirmada oficialmente)..
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Tito Lívio estreou na música ainda na década de 1970, quando começou a compor as suas canções e a tocar violão. O sucesso teria vindo na década seguinte, com a regravação das suas composições pelos artistas citados. "A Fala", seu disco de estreia, foi lançado em 1990, seguido por "Feito Pra Tocar no Rádio", "Cheiro de Jasmim" e "Galope Noturno".
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Em 2011 chegou a ser premiado com o Troféu Acinpe Os Melhores da Música de Pernambuco, na categoria Melhor CD Carnaval, com "Cheiro de Jasmim". Seu último show teria sido em outubro: um tributo a Nelson Gonçalves, ao lado de Geraldo Maia.
“Ele teve três infartos. O último foi em fevereiro de 2016, mas ele estava bem. Ele foi ao cardiologista na quinta-feira [16], mas estava tudo certo. Ultimamente, meu pai estava fumando muito, uma carteira de cigarro por dia, mas não sentia nada”, contou Lara Lívia Amaral, de 20 anos, filha única do música ao G1.
Segundo ela, os vizinhos tentaram chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas que o pai faleceu antes da equipe médica chegar ao local. O velório ocorreu na manhã desta sexta-feira, no Salão Nobre do Palácio do Governo da Prefeitura de Olinda, com enterro marcado para as 16h no Cemitério de Santo Amaro, centro do Recife.
"Tito Lívio era uma grande figura humana e um dos representantes emblemáticos da cultura genuinamente olindense e pernambucana. Vai fazer muita falta. Ao meio cultural e aos familiares, minha solidariedade", comunicou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em trecho de discurso reproduzido pelo portal.