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Segundo estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os fundos só ganham da caderneta a taxas de administração anuais mais baixas - 0,50%, 1% com resgate após seis meses ou 1,5% no longo prazo. A partir de 2%, a poupança tem maior rentabilidade do que os fundos, independentemente do prazo de resgate.
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"Pelo fato de não ter incidência do Imposto de Renda nem taxa de administração, a poupança só deixa de ser interessante em fundos com taxas muito baixas, a que têm acesso apenas investidores de grande porte, que aplicam a partir de R$ 50 mil", explica Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac. O investidor comum, segundo ele, costuma obter taxas a partir de 2,5% ao ano.
A caderneta havia perdido parte de sua atratividade na última elevação da Selic, em novembro do ano passado, que aumentara a taxa básica de juros para 10% ao ano - o que conferiu novo fôlego à renda fixa.
"A retomada da poupança ocorreu por causa do aumento da Taxa Referencial, que está atrelada à quantidade de dias úteis de cada mês", explica Oliveira. "Janeiro tem mais dias úteis do que o mês de dezembro. Quanto mais dias úteis, maior a TR, o que influencia no rendimento da poupança."
Na simulação da Anefac, com o novo patamar da Selic, a poupança rende 0,59% ao mês e 7,31% ao ano (6,17% mais a Taxa Referencial). Assim, um investimento de R$ 10 mil vai valer, ao fim de um ano, R$ 10.731. A mesma aplicação em um fundo com taxa de 1,5% pagaria menos ao investidor, totalizando R$ 10.706.
Para Oliveira, novas altas da Selic, no entanto, devem conferir mais atratividade aos fundos frente à caderneta. "De qualquer forma, a tendência este ano é que a poupança ganhe da inflação, pois vai render acima de 7%", diz.
No fim de agosto do ano passado, a Selic chegou a 9% ao ano, igualando os rendimentos das poupanças antiga e nova. Com a Selic maior do que 8,5%, ambas as cadernetas rendem 0,50% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Em 2013, apesar de ter tido captação líquida recorde, de R$ 71 bilhões, o rendimento da nova caderneta ficou em 5,67% - abaixo da inflação oficial, o IPCA, que foi de 5,91%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.