© iStock
É natural suarmos quando está calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas, como em momentos de nervosismo ou medo. Mas a sudorese excessiva ocorrendo mesmo sem a presença de qualquer desses fatores, pode ser indicio de hiperidrose.
PUB
+ Brasileiras passam pelo menos três meses do ano com TPM, aponta estudo
Ele ocorre quando estamos realizando esforço físico, sentimos calor ou passamos por alguma situação de estresse. Porém, em algumas pessoas, a sudorese ocorre em excesso em áreas concentradas, até mesmo quando estão em repouso. Essa condição é denominada hiperidrose. “A hiperidrose atinge 2% da população mundial e acontece quando as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes. Isto pode ocorrer por diferentes causas, como doenças da tireoide, fatores emocionais, câncer, menopausa e obesidade”, explica a dermatologista Dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
Apesar de não trazer males à saúde, a doença pode provocar muitos constrangimentos. Por exemplo, para quem sofre de sudorese excessiva nas mãos, cumprimentar alguém pode ser uma situação desagradável. “Mesmo pessoas saudáveis sofrem com a hiperidrose, é apenas preciso que o sistema nervoso envie estímulos demais às glândulas sudoríparas. As principais queixas das pessoas que procuram o médico são o suor excessivo nas mãos, pés e axilas”, afirma a dermatologista.
Segundo a Dra. Thais, existem uma série de tratamentos que auxiliam na diminuição da sudorese e no combate à hiperidrose, mas estes variam de acordo com o local e a intensidade da doença. Por exemplo, para casos mais leves, o uso de antitranspirantes à base de cloreto de alumínio já é o suficiente, já que estes tampam a saída das glândulas sudoríparas, bloqueando o suor. Outra dica para pessoas que possuem hiperidrose em graus mais leves é a utilização de roupas de algodão, pois estas permitem que a pele respire.
Quando atinge graus um pouco mais graves, a hiperidrose pode ser tratada com remédios à base de oxibutinina. De acordo com a dermatologista, estes remédios agem dentro das glândulas sudoríparas, reduzindo a sua atividade. Já nos casos mais graves pode-se recorrer a tratamentos com toxina botulínica ou a simpatectomia. “A aplicação de toxina botulínica é feita em áreas onde a concentração de suor é muito grande. Indicado para regiões como a testa, o couro cabeludo e as axilas, este procedimento dura de oito a doze meses. Já a simpatectomia é uma cirurgia onde o médico retira e queima as glândulas defeituosas, que param de funcionar. Porém, apesar do corpo ter a tendência de se acostumar e fazer o problema desaparecer com o tempo, neste procedimento há o risco de o suor acabar passando para outra área”, finaliza a médica.