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O Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro, recebe a partir de hoje (28) a exposição que homenageia os 110 anos do primeiro voo do Demoiselle, o segundo avião de Santos Dumont (1873-1932).
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Em novembro de 1907, o Demoiselle voou pela primeira vez em público. Para marcar a data, o Centro de Documentação da Aeronáutica (Cendoc) apresenta no Arquivo Nacional a exposição que exibe uma réplica da aeronave em tamanho natural, com condições de voo.
“Santos Dumont é a razão de existir de toda a atividade aeronáutica”, diz a curadora da mostra Asas que protegem o país – tributo a Santos Dumont, coronel Sahara Burity Fernandez Cyrino.
Ela lembra que o Demoiselle veio depois do avião mais conhecido de Santos Dumont, o 14 Bis. “Santos Dumont não patenteou este invento [Demoiselle] de propósito porque ele queria popularizar seu uso na França. Foram feitas várias séries dessa aeronave. Era um avião leve, prático, transportável. Santos Dumont o carregava em automóvel. Ele utilizava esse avião para visitar os amigos.”
A mostra também conta com uma maquete artística do balão nº6 que contornou a Torre Eiffel em 1901, com o qual o Santos Dumont provou a dirigibilidade dos balões.
Também estão expostos recortes de jornais colecionados pelo próprio aviador, com notícias a respeito de seus inventos, além de documentos de Santos Dumont e de um acervo inédito de fotografias de aviação de Johnson Barros.
Para o diretor do Cendoc, coronel intendente Carlos Alberto Leite da Silva, Santos Dumont deve ser lembrado por seu caráter inovador e por lançar as bases da Força Aérea. O aviador é patrono da Aeronáutica brasileira. “Ele tem uma grande relevância por sinalizar os valores importantes para a Força Aérea: o empreendedorismo, a forma de pensar rápida e arrojada.”
A exposição fica em cartaz no Salão Nobre do Arquivo Nacional até 31 de janeiro de 2018, das 10h às 17h, na Praça da República, 173, com entrada franca. Com informações da Agência Brasil.