© Paulo Whitaker / Reuters
O presidente Michel Temer deve se reunir no final de semana com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir a melhor maneira de ocorrer o desembarque do PSDB da Esplanada dos Ministérios.
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Nesta terça-feira (28), tanto o governador tucano, que deve assumir o posto de presidente nacional do PSDB, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disseram publicamente que o partido deve deixar o governo federal.
"O momento do PSDB deixar o governo federal chegou, mas sai pela porta da frente, de cabeça erguida", disse o senador tucano.
Em conversas reservadas, o presidente tem afirmado que, caso a sigla decida sair, o desembarque será feito de maneira combinada e respeitosa.
O encontro deve ocorrer no sábado (2) em São Paulo, para onde o peemedebista viajará para entregar moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida" em Limeira e Americana.
O presidente quer evitar que o episódio crie fissuras na relação entre o partido e o governo, que espera o apoio dos parlamentares tucanos na votação da reforma previdenciária.
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A expectativa é de que o PSDB deixe os cargos na Esplanada dos Ministérios na semana que vem, antes da convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 9.
A única indefinição é a saída do ministro Aloysio Nunes Ferreira, que pode ser mantido à frente das Relações Exteriores como nome da cota pessoal do presidente.
A pedido de Temer, Aécio Neves defendeu nesta terça-feira (28) que o partido feche questão a favor da reforma.
O Palácio do Planalto calcula contar hoje com cerca de 250 votos favoráveis à reforma, número aquém dos 308 necessários para aprová-la.
Em encontro com governadores, na semana passada, Temer afirmou que só pretende colocá-la em votação quando tiver uma margem segura de apoio.
A ideia do presidente era votá-la em primeiro turno na Câmara em dezembro, mas até mesmo líderes da base aliada consideram difícil que isso ocorra neste ano.
Na semana passada, após apresentar o novo texto, o relator Arthur Maia (PPS-BA) disse acreditar que, caso a proposta fique para 2018, ela dificilmente será aprovada. Com informações da Folhapress.