'O PSDB não está mais na base do governo', afirma Padilha

Expectativa é de que tucanos deixem o Planalto na semana que vem, antes da convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 9

© Adriano Machado / Reuters

Política Mudança 29/11/17 POR Folhapress

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (29) que o PSDB não faz mais parte da base de apoio do governo Michel Temer.

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Em evento no Palácio do Planalto, o peemedebista lembrou que o comando nacional do partido já anunciou sua disposição em desembarcar do campo governista.

"O PSDB não está mais na base de sustentação do governo federal. O PSDB já disse que vai sair. Nós vamos fazer de tudo para manter a nossa base de governo e um projeto único de poder para 2018", disse.

Ele ressaltou, contudo, que mesmo que a sigla abra a mão dos cargos na Esplanada dos Ministérios, o presidente poderá manter quadros da legenda como nomes de sua cota pessoal."Uma coisa é um ministro que está no governo representando um partido. Outra coisa é o presidente manter alguém como representante de sua cota pessoal", disse.

+ FHC defende saída do governo: 'PSDB precisa de cara própria'

A expectativa é de que o PSDB deixe o governo federal na semana que vem, antes da convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 9.

O presidente se reunirá no final de semana com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir a melhor maneira de ocorrer o desembarque.

A tendência é que o único ministro da legenda que permaneça no cargo seja Aloysio Nunes Ferreira, de Relações Exteriores.

O ministro ressaltou que, mesmo com o desembarque do PSDB, o Palácio do Planalto espera que o partido vote favoravelmente à reforma previdenciária.

"Por tudo que sei da posição histórica do PSDB, a reforma previdenciária se encaixa plenamente [à ideologia do partido]. Inclusive a proposta original enviada pelo governo federal", disse.

Para 2018, o ministro não excluiu um eventual acordo entre PSDB e PMDB, mas ressaltou que o partido só estará alinhado na eleição presidencial com quem defenda o legado de Michel Temer.

"Não estamos excluindo ninguém, mas estamos colocando uma condição", disse. "Se o candidato do PSDB disser que defende o legado do presidente, há a possibilidade de uma aliança", acrescentou.

Segundo ele, a ideia é que seja lançado um candidato que represente a atual base aliada ao governo federal. Nos bastidores, tem ganhado força o nome do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) como uma opção governista.

Perguntado, Padilha disse ainda que o Temer "não tem nenhuma pretensão de disputar a eleição do ano que vem". Com informações da Folhapress.

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