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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reconheceu que faltam muitos votos para aprovar a reforma da Previdência e que não há data para pautar a matéria em Plenário. “Estou realista, trabalho 24 horas por dia nesse tema. Falta muito voto, já que fazemos uma projeção do que está ouvindo dos líderes”, disse.
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Em entrevista nesta quinta-feira (30) após evento em São Paulo, Maia afirmou que, além do desgaste enfrentado pelos parlamentares após a rejeição das duas denúncias contra o presidente Michel Temer, muitos deputados, apesar de reconhecer a importância da proposta, não confirmam o apoio ao texto.
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Mudanças
O presidente da Câmara disse ainda que a proposta do PSDB para alterar outros pontos da reforma inviabiliza a votação, pois representam R$ 100 bilhões a menos no ajuste fiscal.
Maia admitiu discutir uma regra de transição para os que ingressaram no serviço público antes de 2003, mas ressaltou a importância de se preservar pelo menos metade da economia prevista inicialmente, de aproximadamente R$ 800 bilhões. As informações são da Agência Câmara.
“Uma idade mínima um pouco menos que 65 [para os que entraram antes de 2003] não vai ter um custo fiscal muito grande e pode agregar [votos] na reforma, desde que não haja uma economia menor que R$ 400 bilhões”, afirmou.
Interesse
O presidente da Câmara afirmou que sempre defenderá a reforma da Previdência, porque é um tema de interesse do Brasil.
“Falta entender que a votação não tem caráter diabólico, mas que garante a aposentadoria dos que ganham menos e acaba com a distorção dos que ganham mais. É um tema fundamental e urgente, que vai garantir o futuro de milhões de brasileiros. Se não for aprovada, no futuro vão faltar recursos para saúde e educação”, afirmou.
Maia também disse que a votação apertada da Medida Provisória 795/17, que reduz tributos da indústria petrolífera, demonstra a dificuldade do governo na articulação no Congresso Nacional. Ontem, o Plenário aprovou o texto-base da MP após a obstrução da oposição.