Senadores criticam reformas propostas pelo governo

Mudanças na Previdência e na lei trabalhista foram atacadas por Paulo Paim (PT-RS) e Roberto Requião (PMDB-PR)

© Reprodução

Política Insatisfação 01/12/17 POR Notícias Ao Minuto

O senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a criticar, nessa quinta-feira (30), as mudanças encaminhadas pelo Executivo ao Congresso.

PUB

De acordo com Paim, a CPI da Previdência demonstrou que, “se botar em dia as contas dos que devem, não precisa fazer a reforma da Previdência”. Para ele, a reforma que tem que ser feita é uma reforma de gestão, de fiscalização, de arrecadação e de cobrança.

"É só este Senado aqui parar de dar anistia aos devedores. Eu sempre digo o seguinte: não paga a luz, não paga a água, compra um carrinho e não paga, compra um apartamentozinho e não paga, eles retiram. Com os grandes devedores não acontece nada e querem mandar a conta para o povo pagar de novo", protestou.

O PT após delação de Palocci e às vésperas de eleições presidenciais

Ele ressaltou que 95% da população é contra a reforma da Previdência e ponderou que o mais sensato é deixar que o novo presidente da República e o novo Congresso, eleitos pelo voto direito em 2018, debatam e votem a questão.

"Apelo mais uma vez ao bom senso do Executivo e do Legislativo: vamos fazer o debate necessário e deixar que um novo Presidente ou um novo Congresso debatam e votem", afirmou.

Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR) lamentou que exatamente no ano em que se comemora o centenário de uma das mais importantes greves de trabalhadores da história brasileira, o governo, com apoio do Congresso, tenha aprovado a reforma trabalhista. As informações são da Agência Senado.

Em pronunciamento em plenário, Requião lembrou o movimento grevista de 1917, que contou com adesão de mais de 70% da mão de obra ativa e apoio da população, e que também foi a mais reprimida e sangrenta das greves operárias brasileiras, com cerca de 200 operários assassinados, centenas feridos, várias centenas presos e milhares demitidos.

"Neste ano do centenário da grande greve, exatamente neste ano, como que para se vingar dos trabalhadores de 1917, as classes dominantes, aliadas a um governo que não está coberto pela legitimidade de uma eleição, com o apoio de um Congresso que renunciou ao papel legislativo e com o suporte da mídia monopolista e venal, aprovaram a reforma trabalhista", criticou o senador, afirmando que a reforma agora em vigor “realinha e reequipara” os direitos dos trabalhadores de hoje aos dos trabalhadores de 1917.

Requião afirmou, por exemplo, que, se àquela época os trabalhadores reivindicavam jornada de oito horas de trabalho, hoje, com a reforma, a jornada foi flexibilizada, permitindo que seja estendida a 12 horas diárias. Em 1917 os trabalhadores pediam férias e descanso remunerados, aposentadoria, salário mínimo, contrato de trabalho assinado e condições de trabalho salubres e seguras, especialmente para as mulheres e as crianças. E, destacou o senador, também queriam um intervalo para o almoço.

Hoje, comparou Requião, a reforma não garante férias, descanso remunerado, intervalo para o almoço, salário mínimo. E hoje, como há cem anos, admite-se que grávidas e lactantes trabalhem em ambientes insalubres, acrescentou o senador.

"É uma falácia dessas trapaças de jogador de baralho de botequim dizer que todos os direitos dos trabalhadores estarão preservados com a reforma. Mentira! Mentira em que apenas alguém absolutamente idiota, muitíssimo idiota, acreditaria. Com a supremacia do negociado sobre o legislado, o trabalho intermitente e a terceirização, nada, absolutamente nada estará garantido, nem o salário mínimo, nem férias, nem o décimo terceiro, nem o descanso remunerado, nem o recolhimento do Fundo de Garantia e da previdência. Logo, sequer a aposentadoria estará garantida, independentemente de ela ser reformada ou não", criticou.

Ele ainda ressaltou ainda que a retomada do crescimento no país não ocorrerá com a precarização do trabalho. O senador reforçou que a essência do capitalismo é o consumo, e o consumo só acontece com o aumento do emprego e o aumento dos salários.

"Não é tão óbvio que sem emprego e salário não haverá demanda e que sem demanda não haverá produção?", questionou.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 9 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

mundo Estados Unidos Há 9 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Patrick Swayze Há 23 Horas

Atriz relembra cena de sexo com Patrick Swayze: "Ele estava bêbado"

brasil Tragédia Há 2 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

brasil Tragédia Há 10 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

tech Aplicativo Há 9 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

fama Emergência Médica Há 10 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

fama Condenados Há 17 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

brasil Tragédia Há 9 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos

fama 80s Há 19 Horas

Os casais mais icônicos dos anos 1980