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Acostumado a ser associado à ideologia de esquerda, Wagner Moura parece não se importar com a repercussão sobre a sua estreia como diretor no filme 'Marighella. O ator, cujo papel de destaque mais recente foi o personagem Pablo Escobar, na série "Narcos", do Netflix, declarou que o filme sobre a vida do guerrilheiro assassinado durante a ditadura militar não será imparcial. A ideia é exaltar o espírito de resistência de Carlos Marighella, que enfrentou os anos de chumbo, na realidade caótica do Brasil de hoje.
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“A gente tem que sair das cordas e partir para o ataque”, disse o ator e diretor em entrevista a André Miranda, do jornal O Globo. "Qualquer pessoa que entra no filme tem uma vontade de falar de resistência. De falar não do Brasil de 64, mas do Brasil de agora. É disso que a gente vai falar, a gente vai falar de pessoas que resolveram resistir, resolveram dizer que não estavam a fim de se submeter".
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O longa sobre o político, ativista e escritor baiano terá como foco o período da sua vida entre 1964 e 1969 - ano em que foi executado em uma emboscada armada por policiais em São Paulo. Seu Jorge dará vida ao protagonista da trama, que será produzida pela O2. O elenco ainda contará com nomes como Adriana Esteves e Bruno Gagliasso.