© REUTERS/Adriano Machado
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot criticou nesta sexta-feira (1º), em entrevista à agência Reuters, o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, escolhido pelo presidente Michel Temer.
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"Pelas declarações que ele (Segovia) tem feito, parece que foi nomeado com a missão de desacreditar as investigações", afirmou Janot.
O ex-procurador-geral ainda diz que "não sabe dizer se uma pessoa próxima de investigados e denunciados deveria ser autorizada a chefiar uma instituição do tamanho e da importância da Polícia Federal".
Segovia é próximo do ex-presidente José Sarney.
Mala preta
Essa não é a primeira vez que o ex-procurador dispara flechadas contra Segovia. Os ataques começaram logo na posse do diretor-geral, que, depois de se dizer lisonjeado com a presença de Temer, ainda questionou a materialidade das provas usadas em denúncia contra o presidente.
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"Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", declarou o diretor da PF, referindo-se à mala estufada com 10 mil notas de R$ 50, somando R$ 500 mil em propinas da JBS.
Naquele dia, Janot questionou se Segovia estaria falando "por ordem de alguém".
Na última quarta-feira, 29, em São Paulo, Janot disse que "só pode ser brincadeira" o que disse o diretor da PF sobre a mala.
Em entrevista à Reuters, Janot afirmou que o novo diretor da PF foi nomeado para "tirar o foco das investigações".