© Divulgação/Universidade de Miami/The New England Journal of Medicine
Um homem de 70 anos, com diabetes e histórico de doenças cardíacas e pulmorares gerou um conflito ético no Jackson Memorial Hospital, em Miami, nos Estados Unidos. Isto porque o paciente tinha uma tatuagem no peito que dizia "não ressuscite". O conselho de ética chegou a ser consultado para saber se o "pedido" registrado na pele deveria ou não ser acatado. O homem acabou morrendo.
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Segundo divulgado pelo "The New England Journal of Medicine" nesta quinta-feira (30), os médicos ficaram em dúvida entre fazer o que supostamente queria o paciente ou salvar uma vida, que é o principal juramento da profissão.
A princípio, a equipe decidiu por não escolher o caminho irreversível: a morte. O paciente foi tratado com antibióticos, recebeu fluido por via intravenosa para ressuscitação e foi mantido respirando.
Contudo, depois de avaliar o caso, consultores de ética sugeriram aos médicos que o pedido da tatuagem fosse acatado. Na mesma noite, o estado de saúde do paciente piorou e ele morreu sem a interferência dos profissionais.
O médico principal, Gregory Holt, contou em entrevista ao "The Washington Post" que o homem morava em uma casa de repouso, mas foi encontrado bêbado na rua. Ele não tinha identificação, família ou amigos que pudessem ser consultados.
"Tínhamos um homem com quem eu não conseguia falar. Queria conversar com ele para saber se a tatuagem realmente refletia seus desejos para o final da vida", explicou Holt.