EUA se retiram de pacto de proteção a refugiados da ONU

Decisão é mais uma das medidas do governo de Trump para restringir entrada de estrangeiros e deixar acordos internacionais

© Reuters / Carlos Barria

Mundo política migratória 04/12/17 POR Folhapress

Os EUA anunciaram neste sábado (2) sua saída do pacto mundial da ONU sobre a proteção de imigrantes e refugiados por considerá-lo "incompatível" com sua política migratória e de soberania.

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A retirada é mais uma das medidas do governo de Donald Trump para restringir a entrada de estrangeiros e de deixar acordos internacionais que julga prejudiciais aos interesses americanos.

A chamada Declaração de Nova York foi assinada por 193 países em setembro de 2016 com o objetivo de melhorar a proteção e a gestão dos movimentos de migrantes e refugiados, com o intuito de evitar o tráfico humano.

Nesse sentido, a declaração deu mandato ao Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) para propor no ano que vem à Assembleia-Geral um novo acordo com um programa de ação a ser seguido pelos signatários.

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Em nota, a missão americana na ONU enfatizou que a decisão foi tomada pelo próprio presidente. "A Declaração abarca muitas disposições que são incompatíveis com as políticas americanas de imigração e refugiados e com os princípios ditados pela administração Trump em matéria de imigração."

Horas depois, a embaixadora dos EUA na organização, Nikki Haley, disse que "ninguém fez mais" que o país em relação ao tema. "Nossa generosidade continuará, mas nossas decisões em políticas migratórias devem ser sempre feitas pelos americanos."

A retirada acontece antes de nova rodada de negociações do pacto, que tenta amenizar a maior crise de refugiados da história. Quase 22 milhões estão deslocados devido a conflitos no mundo.

Desde sua posse, em janeiro, Trump avançou com suas promessas de campanha de restringir a imigração. A primeira foi o decreto proibindo temporariamente a entrada de cidadãos de seis países de maioria islâmica e de refugiados de todo o mundo.

Também tenta aprovar o orçamento para começar o muro na fronteira com o México e cancelou o decreto de Obama que dava residência a imigrantes que entraram ilegalmente ao país quando crianças, os "dreamers".

A saída do pacto também se insere no contexto da saída americana da Parceria Transpacífico, da Unesco e do Acordo de Paris sobre a Mudança Climática. Com informações da Folhapress.

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