© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nesta semana, o Planalto iniciou mais uma ofensiva sobre a base aliada, prefeitos e governadores para tentar reunir pelo menos 308 votos pela reforma - hoje o governo não tem o apoio necessário para fazer avançar a medida.
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Em jantar na casa do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesse domingo (3), ministros e líderes do governo apresentaram argumentos para tentar vencer a resistência dos parlamentares e reorganizar a base na contagem dos votos. As informações são da Folhapress.
Chegaram a prometer, inclusive, apoio nas eleições do próximo ano, argumentando que quem votar pela aprovação poderá ser beneficiado em coligações, na distribuição de tempo de TV e de recursos para suas bases, além do fundo eleitoral.
"Se o parlamentar está preocupado em perder voto porque apoiou a reforma, ele tem que lembrar que, para ser eleito, precisará estar numa coligação e precisará de tempo de TV", disse um interlocutor, segundo O Globo.
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A estratégia parece que surtiu efeito e pelo menos dois partidos da base, PP e o PTB, sinalizaram que devem fechar questão a favor da reforma previdenciária. Mas o Planalto precisa de mais e espera que PRB, PSDB e PMDB também decidam apoiar o novo texto.
Para ser aprovada, a proposta necessita reunir 308 votos na Câmara, já que trata-se de emenda à Constituição. Os parlamentares dos cinco partidos citados acima já reuniriam 206 deles.
O governo avalia que, obtendo o aval dos deputados, a aprovação no Senado estaria garantida e poderia ocorrer rapidamente.
Ontem, após fazer contas com os aliados, Maia se mostrou otimista quanto à aprovação da reforma ainda este ano. "Vai dar uns 330 (deputados a favor da reforma). Alguns foram excluídos da nossa conta, porque estão com posição contrária. Então, a gente tem, dentro dos partidos que apoiam a reforma, a princípio, 325 votos. E tem mais 45, 50 deputados, de outros partidos, que não estão na oposição, mas também não estão na base (do governo)".