© Adriano Machado / Reuters
A rejeição aos 513 deputados e 81 senadores que compõem o Congresso Nacional é a maior em quase 15 anos, de acordo com levantamento divulgado pelo Datafolha, nesta quarta-feira (6).
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O instituto, que começou a realizar pesquisas em 1993, ouviu 2.765 pessoas, entre a quarta e quinta-feira da semana passada.
Para 60% dos entrevistados, o desempenho do Congresso é ruim ou péssimo. Os que consideram regular somam 31%, aqueles que acham o trabalho dos políticos ótimo ou bom são 5%, enquanto os que não opinaram correspondem a 3% dos ouvidos.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, nos últimos levantamentos realizados, em dezembro de 2016 e abril de 2017, também pelo Datafolha, o cenário já demonstrava a insatisfação da população. À época, 58% rejeitavam o desempenho dos políticos, e apenas 7% o aprovava.
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Números tão pessimistas só foram vistos no início da década de 1990, ano da hiperinflação e quando veio à tona o escândalo dos Anões do Orçamento, que expôs um grupo de parlamentares acusados de desviar recursos públicos em benefício próprio.
A pesquisa ainda traz um perfil daqueles eleitores que reprovam o trabalho do Congresso. 74% são os mais ricos, 75% têm ensino superior, 68% são eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro, e 69% rejeitam a gestão de Michel Temer.
Já entre os que aprovam o desempenho dos deputados e senadores, 52% têm ensino fundamental, 51% são de religião evangélica pentecostal, 42% veem o PMDB como partido de preferência, e 37% avaliam positivamente o governo Temer.