Mudanças na Lei Maria da Penha visam melhorar atendimento a vítimas

Uma das novidades é que as mulheres escuta sejam feitas, preferencialmente, por servidoras do sexo feminino

© Pixabay

Brasil CIDADANIA 06/12/17 POR Notícias Ao Minuto

A Lei Maria da Penha passou por mudanças no último mês e incorporou avanços no que diz respeito ao atendimento feito às mulheres que chegam às delegacias para tirar dúvidas ou registrar denúncias. Uma das novidades do texto é que essa recepção e escuta sejam feitas, preferencialmente, por servidoras do sexo feminino.

PUB

“É uma forma de dar mais conforto à mulher. No momento em que ela chega para prestar depoimento ou queixa de violência em uma relação íntima, falar com outra mulher pode facilitar esse processo”, explica a assessora da ONU Mulheres, Wânia Pasinato. A regra também vale para perícia e exames de corpo de delito em casos de violência sexual, pois cria uma relação mais empática entre as duas partes.

O atendimento nem sempre poderá ser feito por mulheres mas, em todo caso, a qualidade da inquirição (perguntas feitas na hora do depoimento), da perícia e em outros momentos deve ser uma preocupação.

“É fundamental que o profissional seja muito bem capacitado e qualificado para este atendimento. É importante que haja uma compreensão sobre o qué é a violência contra a mulher e sobre as causas de gênero que estão por trás dessa desigualdade de poder que faz que a mulher se submeta a essa situação, com medo e vergonha de denunciar”, afirma Pasinato.

+ CNH terá chip, 'cara' de cartão de crédito e integração no exterior

Qualidade no atendimento

O novo texto da Lei Maria da Penha define, também, que os “questionamentos devem prezar pela integridade física, psíquica e emocional da depoente”. Para Wânia Pasinato, além de significar que a mulher não terá contato com o agressor, esse trecho do texto revela uma necessidade que se aplica a todos os casos de violência doméstica: a qualificação dos profissionais que fazem esse atendimento.

Qualificar esses profissionais é uma alternativa para evitar a revitimização da mulher, isto é, os mesmos questionamentos sucessivos em diferentes momentos do processo; e para que os membros da polícia e da Justiça não façam julgamentos ou questionamentos desnecessários.

“Isso é importante para não desestimular a decisão de fazer uma mudança brutal. Se uma mulher chega ao balcão da delegacia para pedir informações, infelizmente o profissional nem sempre está preparado para não julgar, não perguntar por que ela apanhou do marido ou o que fez de errado”, exemplifica. Com informações do Portal Brasil. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 7 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

mundo Estados Unidos Há 7 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Patrick Swayze Há 20 Horas

Atriz relembra cena de sexo com Patrick Swayze: "Ele estava bêbado"

brasil Tragédia Há 7 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Mal de parkinson Há 22 Horas

Famosos que sofrem da doença de Parkinson

fama Emergência Médica Há 8 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 7 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos

tech Aplicativo Há 6 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

fama Condenados Há 15 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

justica Minas Gerais Há 6 Horas

Motociclista tenta fugir de blitz e leva paulada de policiais; vídeo