Em despedida do comando do PSDB, Aécio diz que provará inocência

Partido elege no próximo sábado sua nova estrutura de comando nacional

© Jefferson Rudy/Agência Senado

Política tucano 07/12/17 POR Folhapress

Licenciado da presidência do PSDB desde que se tornou alvo do escândalo da JBS, o senador Aécio Neves (MG) distribuiu nesta quarta-feira (6) uma carta em tom de despedida do comando do partido.

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A sigla elege no próximo sábado sua nova estrutura de comando nacional, que deve tornar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu presidente nacional. Aécio ocupou o cargo entre 2013 e 2017.

Ele apresentou um balanço de sua gestão acompanhado de uma carta em que promete comprovar sua "absoluta correção" em todos seus atos.

Ele é alvo de denúncia pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Em março, ele foi gravado pelo empresário e delator Joesley Batista a quem pediu R$ 2 milhões. O tucano nega as acusações.

"Desde que me afastei da presidência do PSDB, em maio último, venho me dedicando de maneira integral à minha defesa diante das falsas e criminosas acusações de que sou vítima. Estejam certos de que, ao fim, restará provada a absoluta correção de todos os meus atos. Assim como foi ao longo destes últimos 30 anos, serei sempre um dedicado tucano pronto para lutar junto com o PSDB pelo Brasil e pelos brasileiros", escreveu o mineiro.

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Em tom de balanço, ele diz que o partido teve um salto nas últimas eleições e diz que confia em Alckmin para "pacificar" o PSDB. Com isso, o tucano faz referência ao racha do partido, vivido pelarivalidade entre ele o senador Tasso Jereissati (CE), que ocupou a presidência interina entre maio e novembro.

No mês passado, Aécio tirou o cearense do comando do PSDB e indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para seu lugar. No documento ele disse ter feito isso em nome da isonomia do partido.

Tasso disputava com o governador de Goiás, Marconi Perillo, a presidência do partido. Em acordo costurado na cúpula da legenda, ambos abriram mão de suas candidaturas em favor de Alckmin, favorito para disputar o Palácio do Planalto no ano que vem.

"Desta decisão decorreu um processo sucessório equilibrado, e dele, um saudável entendimento que culminará, na convenção que se aproxima, com a eleição do governador Geraldo Alckmin para presidente nacional do partido. A ele, manifesto meu apreço e inteira confiança em sua capacidade de nos liderar nessa nova travessia que se inicia", escreveu Aécio. Com informações da Folhapress.

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