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Quando a mineira Sinara Beguin, de 37 anos, moradora de Paris, viajou ao norte da França, se chocou ao deparar com uma frase impressa no copo de uma cafeteria da rede Bagelstein em Lille. No copo descartável lia-se: “Não dê ouvidos ao Bernard, não há apenas favelas, drogas e prostitutas no Brasil, há também um café muito bom".
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De tao chocada com o 'marketing' usado pela rede Bagelstein, Sinara não disfarçou o embaraço e seu marido, ao ver a palavra Brasil, começou a ler em voz alta, mas, ao perceber do que se tratava, logo parou a leitura. Seu filho, de 7 anos, que já sabe ler, chegou a ler a primeira frase e depois os pais tiveram de explicar a ele do que se tratava.
“Mamãe, o que foi?”, ele perguntou, ao perceber o constrangimento da mãe. “Ele começou a ler por conta própria e a gente tirou o copo. Daí, claro, queria saber o que estava escrito. Perguntava: “O que falou Bernard?”, conta a brasileira, que é casada com um belga e vive na França há 11 anos.
Outros brasileiros publicaram fotos do copo da rede Bagelstein em suas páginas pessoais no na internet e tom de protesto. Uma delas foi Natacha Pedroso. Em uma publicação no Twitter escreveu:
Ainda estou chocada depois de ler o marketing racista e xenófobo da Bagelstein! Espero que seu filho nunca venha a um café e leia a palavra prostituta transmitida à nacionalidade de sua mãe!", publicou.
Effectivement.... @Mrbagelstein pic.twitter.com/lS7UV54RBY
— Natacha Pedroso (@PedrosoAlana) 8 de dezembro de 2017
A Rede Bagelstein
Fundada pelos franceses Thierry Veil et Gilles Abecassis, a Bagelstein abriu a sua primeira loja em Estrasburgo, também no norte da França, em janeiro de 2011. Hoje a rede conta com mais de 75 franquias na França, em Luxemburgo, Alemanha, Suíça e Bélgica.
De acordo com uma pesquisa feita na intenet pelo portal G1, vê-se que a rede Bagelstein utiliza deste humor duvidoso para causar polêmica a ganhar visibilidade. O que se traduz, claro, em publicidade gratuita para a empresa.