© Rafael Marchante / Reuters
A ex-presidente Dilma Rousseff se pronunciou, por meio de nota divulgada à imprensa e em suas redes sociais, sobre a marcação, para o dia 24 de janeiro de 2018, do julgamento da apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro, no caso do triplex no Guarujá (SP).
PUB
Em julho deste ano, Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O processo foi incluído na pauta da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, responsável pelos recursos da Operação Lava Jato na segunda instância.
O relator da apelação é o desembargador João Pedro Gebran Neto. O colegiado também é composto pelos desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus.
“O mesmo tribunal que acaba de marcar a data do julgamento do recurso de Lula, em tempo recorde, mantém na gaveta há 12 anos o julgamento do recurso do senador tucano Eduardo Azeredo, condenado em primeira instância", destacou Dilma.
+ 'Não quero ser candidato se for culpado', diz Lula
Ela criticou a atuação da Corte. "Os tribunais devem ser movidos pelo dever de fazer Justiça, segundo as leis, o devido processo legal, e prazos que assegurem amplo direito de defesa", afirmou.
A ex-presidente também reivindicou o apoio dos "democratas deste país". "Aqueles que prezam a normalidade democrática e o pleno funcionamento das instituições, devem defender o direito de Lula de concorrer à presidência".
Ela ainda voltou a afirmar que o pleito do próximo ano deve contar com a participação de Lula. "Interditar Lula é casuísmo. Eleição sem Lula é eleição sem legitimidade. Eleição sem que Lula tenha direito de concorrer é mais um golpe contra a democracia”, considerou.